Vão trabalhar, palhaços, vão trabalhar!
Apesar de benfiquista de todos os costados sinto-me solidário com os futebolistas do Sporting. Está-lhes tudo a correr mal. O seu futebol mete dó, os adversários teimam em marcar golos nos últimos minutos e, como se isso não fosse pouco, têm de aturar um chefe idiota e um patrão doido varrido. Para já não falar nos adeptos – provavelmente um bando de rufias e mandriões - que fizeram questão de os ir esperar ao estádio, altas horas da madrugada, só para ofender quem trabalha. Sim, porque os jogadores, bem ou mal, trabalham. Coisa que aqueles energúmenos, provavelmente, só conhecem de ouvir falar. Se bulissem de certeza que não teriam grande vontade de estar ali a aborrecer quem exerce honestamente a sua actividade profissional. Se soubessem o que é trabalhar de certeza que, àquela hora, preferiam estar a descansar o coirão.
Obviamente que, enquanto benfiquista, fico satisfeito sempre que o Sporting tem um desaire. Mas, enquanto trabalhador, aborrece-me que quem trabalha não seja respeitado. Mesmo quando as coisas não correm bem. Ter um chefe habituado a perder, um patrão que nunca soube o que é ganhar e depois levar com a culpa das derrotas deve ser uma coisa lixada.