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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

A caminho do socialismo

Kruzes Kanhoto, 18.04.19

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Afinal não vai ser preciso aquilo do racionamento. Os tais quinze litros por abastecimento, ou lá o que era. Mas fica o aviso. É assim sempre que iniciamos o caminho para o socialismo. Por isso, já que esta gente parece estar para ficar no poder por mais uns anos, é bom que nos habituemos. Nomeadamente aqueles que nunca passaram por experiência semelhante.

Por mim apenas vivenciei isso do racionamento era ainda um puto imberbe, nos idos do PREC. Quando, recorde-se, quem estava no poleiro a conduzir-nos rumo ao glorioso paraíso socialista eram os mesmos que lá estão hoje. Havia escassez de alimento – milho, ou algo parecido - para os galináceos e, para garantir que a bicharada da minha avó não passava fome, fui arrastado para a fila que pela madrugada se formava no “Grémio da lavoura”. Uma maneira expedita de duplicar a dose. Nunca cheguei a saber, nem isso na altura me interessou muito, de quem era a culpa da falta do dito produto. Devia ser dos contra-revolucionários, dos fascistas ou da direita em geral. Do governo de então – fantástico e amigo dos trabalhadores e do povo, como este – é que não era de certeza. Tal como agora. Ou não estivéssemos, tal como então, a caminhar para o socialismo. Ou para a venuelização, que é mais ou menos a mesma coisa.

Salvem-se da opressão capitalista e fujam para a Venezuela!

Kruzes Kanhoto, 28.01.19

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Acho graça aquela malta que anda pelos blogues e pelo Facebook a espalhar mensagens de apoio ao Maduro. São mais que muitos. Aquilo na Venezuela, na douta opinião daquela gente, está uma maravilha. Capaz, até, de nos fazer corar de vergonha, pobres e alarves tugas, por acreditarmos nos testemunhos das pessoas que se esgueiram daquele paraíso socialista. Todos uns agentes da CIA a soldo do grande capital, é o que são esses alegados refugiados. Ou, então, estes admiradores do badocha Maduro não acreditam naquele dito popular segundo o qual “quem está no convento é que sabe o que vai lá dentro”.

Cada qual acredita no que muito bem quiser. Se há quem acredite que uma senhora vestida de branco pairou sobre uma azinheira, no meio de nenhures para falar de geopolítica com pastores iletrados, não é o facto de existir quem, sabendo ler e escrever, acredite nas virtudes do socialismo que me causa surpresa. Que isto há malucos para tudo.

E dos migrantes que o Trump não quer, não trazemos nenhum?!

Kruzes Kanhoto, 19.11.18

Os migrantes latino-americanos organizados em caravana que pretendem entrar nos States já começaram a chegar à fronteira. Estão, lamentavelmente, a ser mal recebidos. Pelos mexicanos, pasme-se. Que pelos americanos não seria de espantar. O que, também, constitui um enorme espanto é eles não terem optado por se dirigirem aos paraísos da região. Com a Venezuela, a Nicarágua e Cuba ali mesmo à mão não se percebe a opção pelo Estados Unidos, terra do capitalismo mais vil e mais selvagem, onde serão explorados e oprimidos pelo patronado mais reaccionário. Com o sol a brilhar nas terras dos amanhãs que cantam não se compreende esta demanda pelas trevas, pelo obscurantismo e onde, caso consigam entrar, lhes está reservado o mais negro e triste futuro. 

Trump não terá, provavelmente, o bom senso de deixar entrar toda esta gente América dentro. Faz mal. Mas, dada a vontade de acolher refugiados, isso pode constituir uma oportunidade para o Costa da Geringonça. O homem está desesperado – com alguma razão, diga-se – para aumentar a população cá do retângulo e aquela malta, por todas as razões, são dos que interessam. Bem que pode mandar os sequazes das ONG´s ir lá buscá-los. Se não o fizer e continuar a insistir em trazer sempre dos mesmos, ainda sou gajo para pensar que existe nessa coisa do acolhimento uma certa discriminaçãozinha... 

Palpita-me que o Salazar teria estado de acordo

Kruzes Kanhoto, 28.10.18

Para a intelectualidade a quem as televisões dão a oportunidade de regurgitar alarvidades, as redes sociais estão a matar a democracia. Logo há que acabar com elas. Com as redes sociais. E quanto antes. Que essa coisa das pessoinhas andarem por aí a escrever o que muito bem querem tem de ter um fim. É, de resto, o que fazem os regimes que pretendem manter os valores democráticos. Como a China, a Coreia do Norte, a Arábia Saudita ou a Venezuela onde não cá dessas modernices. Aí sim, é que a democracia é uma coisa como deve ser. Os lideres a mandar – que eles é que sabem o que é bom para o povo – e o pagode a obedecer sem mandar bitaites. Bolas pá, que nunca mais cá temos um regime desses…

Ninguém aproveita a boleia?

Kruzes Kanhoto, 05.09.18

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(Imagem obtida na internet)

 

Segundo a propaganda comunista estará a decorrer uma ponte aérea para levar de volta ao seu país os muitos venezuelanos que, nos últimos tempos, têm fugido da miséria socialista – passe o pleonasmo – em que a Venezuela mergulhou. Não é que ache os comunistas um bando de mentirosos – quanto muito serão uns pantomineiros, vá – mas não acredito. De certo muitos fugitivos, ao atravessar as fronteiras daquele pedaço de paraíso, terão ficado horrorizados com a exploração capitalista que encontraram e quiseram voltar. Mas - e é aqui que entra a minha descrença – não consta que os muitos admiradores das políticas de Chavez e Maduro tenham aproveitado a boleia. Nem um, um só que fosse, quis ir gozar das maravilhas que apregoa. Coisa que, decerto, não desaproveitariam se existisse a tal ponte aérea. Nomeadamente aqueles que resolveram dar o nome de “Hugo Chavez” a uma Praça na Amadora.

Solidariedade selectiva

Kruzes Kanhoto, 21.08.18

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Continuo à espera de condenações veementes à atitude dos habitantes daquela localidade brasileira que expulsaram os venezuelanos que fogem da miséria imposta pelo regime comunista.

Aguardo, também, que as agressões sofridas na Costa Rica pelos nicaraguenses que tentam escapar aos comunistas que ocupam o poder no seu país, sejam severamente repudiadas.

Até agora ainda nenhum dos habituais choramingas da causa dos alegados refugiados se manifestou. Devem estar todos de férias nos resorts dos destinos turísticos da moda. Ou, então, ainda estão a tentar perceber as razões que levam alguém a cometer o tresloucado acto de fugir de paraísos socialistas como a Venezuela e a Nicarágua.

E os refugiados da Venezuela?

Kruzes Kanhoto, 11.08.18

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Não gosto de discriminações. É uma coisa que me aborrece, isso de tratar as pessoas de forma desigual em função de critérios manhosos. Os refugiados, por exemplo. Não são todos tratados por igual nem merecem a mesma atenção. Quer dos média quer das organizações que, alegadamente, se dedicam a cuidar deles.  

Os muçulmanos são uma espécie de refugiados de elite. Os cristãos perseguidos pelo fascismo islâmico, não passam de um estorvo. Já os venezuelanos, que fogem aos magotes para os países vizinhos, são completamente ignorados. Percebe-se. Os primeiros são prioritários. Há que, quanto antes, substituir a população europeia e tratar da expansão do islão na Europa. Os segundos são um peso-morto. Nem o Papa quer saber deles. São algo que só serve para empatar os projectos em curso de tornar a Europa um califado islâmico. E dos últimos, dos venezuelanos, nem convém que se saiba da sua existência. Não seguem o profeta, não apreciam comunistas e são a prova evidente – se é que ainda é preciso provar alguma coisa – que socialismo, miséria, desgraça e perseguição são sinónimos. 

Na Venezuela haverá cerca de milhão e meio de portugueses e luso-descendentes. A passar um mau bocado, tal como a restante população, às mãos de um bando de comunistas malucos, passe o pleonasmo. Mas ninguém quer saber. Nem governo, nem ONG’s nem aqueles filantropos que volta e meia andam pelas tv’s a defender causas parvas querem saber. Deles e dos milhares de venezuelanos que todos os dias cruzam as fronteiras em direcção ao Brasil. Ninguém se mete ao caminho para os ir buscar. Má sorte – para eles - não rezarem de cú para o ar, é o que é. Se tivessem essa mania já cá estavam.

O Maduro que estique o pernil

Kruzes Kanhoto, 28.12.17

Uma vergonha – ou pior, até – essa cena de boicotar o Natal dos outros. Não se faz. Como o camarada Maduro não se cansa de salientar, trata-se de mais um infame ataque, por parte do grande capital e das forças imperialistas, à revolução bolivariana e ao povo venezuelano. Não bastava destruírem toneladas de comida e medicamentos, só para chatear o povo e deixar mal vistos os lideres revolucionários, agora os fascistas ainda têm o descaramento de perseguir os navios gigantes que iam para a Venezuela atafulhados de pernil. Tudo, ao que se sabe, por causa de uns trocos miseráveis. E do lucro. E da ganância. E de mais umas quantas cenas capitalistas que agora não me ocorrem. 

Pena que ao camarada Maduro não lhe tenha dado para esticar o pernil. Refiro-me, obviamente, ao stock que ainda possa existir no país e que ele, assim tipo aquele truque da multiplicação dos pães ou lá o que era, tratasse de multiplicar por muitos. 

Nisto só duas coisas me surpreendem. A fraca indignação que o assunto suscitou e a ausência de um movimento de solidariedade para ofertar pernil aos venezuelanos. Os profissionais da indignação e dos movimentos solidários devem estar ocupados com outra indignação e com outra desgraça qualquer.

 

Falta muito para aquilo dos pássaros?

Kruzes Kanhoto, 14.09.17

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Pouco admira que um governo de esquerdistas, comunistas e socialistas malucos se sinta tentado a fazer aquilo que todas as ditaduras fazem. Regular todos os aspectos da vida dos cidadãos. Agora chegou a vez dos jogos de futebol. Que, pelos vistos, apenas se poderão realizar quando o governo entender. E, vá lá, que por enquanto apenas entende que não se podem fazer em dia de eleições. Quem sabe, no futuro, também não se possa jogar à bola quando o primeiro-ministro discursa ao país, no fim-de-semana da festa do avante ou quando a Catarina Martins anuncia as próximas medidas a aprovar pelo governo. E ainda bem que a CGTP já não faz manifestações, senão era mais um dia em que não havia futebol para ninguém.

A sequência desta senda reguladora continuará, mais dia menos dia, com as bolachas. Que isto do povo comer desreguladamente o que lhe apetece não é coisa própria de sociedades avançadas e devidamente organizadas. Tipo a Coreia do Norte, a Venezuela e assim. Aproveitando a deixa do sal, da gordura, do açúcar ou seja lá o que for que aquilo tem em excesso, não deixarão também passar a oportunidade de proibir a marca de bolachas “Maria”. Quando muito permitirão que se chamem “Mari@”. A bem de qualquer coisa de que eles se hão-de lembrar.

Mas, a bem-dizer, nada destas palermices que surpreendem. O que me surpreende e preocupa é que exista tanta gente a concordar com elas. A continuarmos assim não estará longe o dia em que, ao ligarmos a TV, nos vamos deparar com um individuo de tez ligeiramente mais escura que a maioria, a garantir que um passarito lhe chilreou qualquer coisa ao ouvido...

A superioridade moral dos comunistas e isso...

Kruzes Kanhoto, 15.04.17

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Ninguém espera – a não ser, talvez, os próprios – que os comunistas sejam pessoas equilibradas e dotadas de bom senso. Nem precisam de ser. Ninguém - neste caso nem mesmo os próprios – se importa com isso. A menos, como infelizmente está acontecer em Portugal, cheguem ao poder. Aí é o nosso destino que está em causa. E vê-lo nas mãos desses malucos é uma coisa que me aborrece. Trata-se de uma gente que vive numa espécie de realidade paralela, cega pela ideologia, que não admite a tragédia que sempre ocorre nos países onde chegam ao poder, mas que consegue vislumbrar e anunciar ao mundo dramas que apenas eles conhecem.

O pior é que a generalidade dos meios de informação e dos opinion makersamparam-lhe o jogo”. Não os desmascaram. São, ao não o fazer, cúmplices da suas mentiras, manipulações e propaganda obscena. Como, por exemplo, esta noticia. Publicada, refira-se, em Novembro de 2015 e reproduzida até à exaustão em sites e blogues de propaganda comunista. Como ainda não a vi desmentida nem gozada, à semelhança do que acontece quando são outras áreas politicas a fazer declarações parvas, presumo que não falte quem a considere verdadeira. Assim sendo, um ano e meio depois, calculo que os cemitérios americanos estejam pejados de criancinhas que sucumbiram à fome. A Venezuela é que podia ter ajudado. O Maduro, se fosse realmente solidário, tinha enviado uns quantos contentores da comida que sobra na Venezuela.