Diz-me como falas, dir-te-ei quem és...
Se há coisa que me aborrece, incomoda e faz ferver – tudo em simultâneo – é a chamada linguagem politicamente correcta, inclusiva, neutra, imparcial ou lá o que é. Agora essa forma de falar própria de imbecis aplica-se também à comunicação sobre a guerra. Ao que parece a ONU terá proibido – sim, proibido – os seus funcionários de se referirem à situação na Ucrânia como ‘invasão’ ou ‘guerra’. Ao invés, os funcionários da ONU foram instruídos para usar os termos ‘conflito’ ou ‘ofensiva militar’ para descrever a invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Ao que li, também os especialistas na especialidade de educar criancinhas terão recomendado aos pais – se calhar o linguajar moderno recomenda escrever pessoa que educa, para não ofender ninguém – que usem as mesmas expressões para informar os petizes acerca do que está acontecer. Por mim poupava trabalho a esta gente toda. Diziam logo que a culpa é da Nato, da União Europeia, dos EUA e ficava o assunto arrumado. Nada como falar claro e dizer logo ao que vêm.