Não gosto de vocês, seus malucos!
Continuo a achar que receber os subsídios de férias e Natal por “atacado” não é bom para ninguém. A não ser, claro, para o Estado. Mas, reconheço, pertenço a uma esmagadora minoria que tem este ponto de vista acerca do assunto. A maioria prefere, vá lá saber-se com que lógica, receber daqui por seis ou onze meses aquilo que já hoje é seu por direito. E, confesso, os que mais espanto me causam são os reformados. É certo que qualquer um pode bater a bota a qualquer momento. Novo ou velho, reformado ou não. Mas, se digo os reformados, é por se tratar das pessoas de mais idade e que, pela ordem natural da vida, irão morrer primeiro. Isto para dizer, só a titulo de exemplo e para fundamentar a minha tese, que para aqueles que quinarem até junho o Estado fica-lhes com um mês de reforma. Seis duodécimos do subsidio de “férias” mais outros tantos de subsidio de “Natal”…
Por causa dessa concentração dos subsídios em dois únicos meses vou, no ano que agora se inicia, novamente ver o meu vencimento mensal reduzido. Coisas da geringonça e daqueles que se arrogam no direito de determinar a maneira como devo gerir o meu dinheiro. O que mais me chateia nem é ver que a quantia inscrita na linha do “liquido a receber” do meu recibo é umas dezenas de euros mais baixa. O que verdadeiramente me irrita é depender da vontade de uns quantos malucos que nem a vida deles sabem governar mas que acham que sabem governar a minha.