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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Tá tudo a funcionar!

Kruzes Kanhoto, 11.02.24

O outro é que tinha razão, somos uns piegas. E aquele que não sabe o que é que não funciona, também está carregadinho de razão. Funciona tudo. Funciona o Estado, funciona o mercado e, a bem dizer, o país em geral funciona lindamente. Não se percebe por isso esta lamuria generalizada acerca de tudo e mais um par de botas. Ele é queixinhas acerca do salário mínimo que é baixo, ele é lamentações que a habitação está cara e, modo geral, queixume que o dinheiro não chega para nada. Porra, pá. Não aborreçam, mas é. Façam-se à vida e deixem-se pieguices. Olhem o dr. Macaco, por exemplo. O coitado, apesar de ter um curso superior, só conseguiu um emprego onde apenas aufere o ordenado mínimo, mas apesar disso consegue ter uma casa de trezentos metros quadrados perto do mar, automóveis topo de gama, faz férias na estranja e ainda lhe sobra dinheiro para ir à bola todas as semanas. Isso é que é saber gerir os recursos, mesmo tendo um patrão explorador que lhe paga uma miséria. Um português de sucesso, portanto. Daqueles que em vez de se ficar a lamentar resolveu meter as mãos na massa. Um exemplo contra a nacional pieguice, até. Espero que o Marcelo lhe dê uma medalha. O homem merece.

Imposto é roubo e esquerdista é bandido

Kruzes Kanhoto, 28.05.23

1 – O fisco vai ficar a saber o que “ganhamos” com vendas na internet. Não será por curiosidade ou simples bisbilhotice, vai ser mesmo para taxar. À semelhança, provavelmente, do que acontece  no manicómio aqui ao lado, também conhecido por Espanha, onde estas vendas pagam imposto de acordo com o lucro obtido e a compra é taxada em de quatro por cento a favor do fisco. Ou seja, pagámos iva no momento da compra e pagaremos outro imposto qualquer no momento da venda. A isto chama-se, acho eu, dupla tributação. Ou roubo, vá.


2 – Mas há quem goste e até aplauda. É lá com eles. Cada um sabe de si e cada qual tem os prazeres que quiser. Por mais esquisitos que se afigurem do ponto de vista estritamente racional. Se pagar impostos é um deles que lhes faça bom proveito.


3 – António Costa já felicitou a nova líder do BE. Com a qual, afirma “espera um dialogo construtivo e uma acção comum para o progresso de Portugal e a melhoria de vida dos portugueses”. Preocupante. Mas se os portugueses quiserem ir por aí, força com isso. Segundo uns dados que vi publicados um destes dias estaremos, enquanto povo, a enfrentar um problema de obesidade que urge resolver quanto antes.

Fénix-se!

Kruzes Kanhoto, 04.10.22

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Podia tentar fazer humor negro com funerais, cremações e o nome da agência. Mas, se calhar, é melhor não. Ainda um dia destes me meti – na galhofa, claro - com um evento relacionado com idosos e estar agora a fazer piadolas com agências funerárias e actividades conexas era capaz de ser coisa para dar azo a interpretações manhosas. Mas lá que é um belo nome para cangalheiro, isso é. 

A cabritada

Kruzes Kanhoto, 09.05.21

Tirando um ou outro mais empedernido indefetível esquerdista ou apoiante do governo – o que é quase a mesma coisa – já toda a gente concluiu que o assunto do surto de Covid de Odemira foi tratado com os pés. Ou com os cornos, se olharmos ao nome de um dos maiores trapalhões que alguma vez passou por ministro. Nada daquilo, desde a requisição civil até levantar pessoas da cama às quatro da manhã, seria necessário se o assunto tivesse sido tratado por responsáveis dignos dessa condição.

Mas, por outro lado, ainda bem que houve toda esta confusão. O debate ideológico suscitado por mais esta trapalhada – são tantas que o Santana Lopes ao pé desta gente é um menino – foi deveras esclarecedor. Nomeadamente por, entre outras coisas, ficarmos a saber que, afinal, para muitos portugueses a propriedade não é assim um direito tão importante, que o Estado pode e deve fazer o que dê na realíssima gana aos que circunstancialmente ocupem o poder e que os ordenados – além do mínimo, naturalmente - não devem resultar de um conjunto de factores entre os quais se incluem as regras de mercado. Provavelmente, foi só o que faltou, os preços também não. Diz que nos regimes comunistas, aqueles para onde ninguém emigra e de onde todos fogem, também é assim.

Toda esta história, confesso, me deixou um pouco nostálgico. Quase me corria uma lágrima, até. Lembrei-me dos hippies esquerdistas dos anos setenta do século passado que iam para os kibutz’s apanhar fruta à borla e dormiam em palheiros. Já ninguém honra a sua memória.

Pobreza bloquista

Kruzes Kanhoto, 30.05.20

Haverá, certamente, muitas formas de pobreza. Tantas quantas quisermos, a bem dizer. O BE descobriu – ou inventou – mais uma. A pobreza menstrual. Seja lá isso o que fôr. Vai daí, propôs na AR que os produtos de saúde menstrual sejam distribuídos gratuitamente.

Não me vou pôr para aqui a divagar acerca da pertinência do assunto. Nem, tão-pouco, quanto à parte do gratuito. Não vale a pena. Até o meu gato imaginário percebe que nada daquilo que o Estado faculta aos cidadãos é à borla. Alguém o paga. Só gente ignorante ou intelectualmente manhosa pensará o contrario.

O meu desacordo é, mais uma vez, em relação à discriminação. E esta ideia do Bloco é manifestamente discriminatória em relação a outros tipos de pobreza. E, assim de repente, ocorrem-me vários. A começar pela pobreza fiscal, sem que o BE proponha a redução do IRS sobre os trabalho; A pobreza auditiva, não consta que o SNS distribua aparelhos para melhorar a audição; A pobreza oftalmológica, a comparticipação nos óculos é ridícula; A pobreza dentária, num país de gente desdentada próteses ou implantes dentários são quase inacessíveis a quem tem menos posses. Entre muitas outras pobrezas que agora não me ocorrem. Nem ao BE.