Esta semana Vladimir Putin anunciou ao mundo uma nova geração de armas nucleares que, a acreditar no homem, farão já parte do arsenal da Rússia. Ora, como gajo preocupado com estas coisas, procurei saber a posição do Partido Comunista e, nomeadamente, da sua agência para estes assuntos. Um tal Conselho Português para a Paz e Cooperação. Que, dada a sua intensa actividade em defesa da convivência pacifica, esperava eu já se tivesse pronunciado no sentido de condenar veementemente mais esta ameaça à paz celestial entre os homens. E as mulheres. E os coisinhos, também. Que aqui no Kruzes não se discrimina ninguém.
Tempo perdido. Afinal nem uma palavrinha. Nem o PCP nem a organização palhaça por si patrocinada se revelam preocupados por a Rússia ter apontadas às nossas cabeças mais umas quantas armas. A preocupação da camaradagem é apenas dirigida à Nato e aos patifes dos americanos. Camaradas, pá, Como é que eu vos hei-de explicar isto? Se um maluco de qualquer dos lados apertar o botão e houver uma guerra nuclear, batemos todos a bota. Mas a nós, embora se isso acontecer importe pouco, a arma que nos mata é a dos vossos amiguinhos russos. E a vocês também, mesmo que tenham a foice e o martelo pintados na testa.
Só mais um pormenor, camaradas. Não sei se já repararam mas a URSS acabou vai para trinta anos. Talvez constitua uma novidade para vocês mas, acreditem, o Putin é tão comunista como o Cavaco. Não consigo, por isso, descortinar razões para terem tanta admiração pelo novo czar. Ou será aquilo do inimigo do meu inimigo é meu amigo?! Poucochinho, se for isso. E, normalmente, dá mau resultado. Vejam o exemplo do Sporting...