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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Brutamontes

Kruzes Kanhoto, 23.12.18

Esta época natalícia é dada a exageros. Nomeadamente no âmbito do consumismo. O que, por estes dias, faz de uma ida ao supermercado, nem que seja só para ir comprar um item em falta na despensa, um acto quase heroico revelador de uma coragem inaudita. Mesmo nestas paragens desertificadas são hordas de gente por todo o lado a encher carrinhos de compras – com morfes, muitos morfes - como se não houvesse amanhã ou a transformação de Portugal num gloriosa republica socialista estivesse por horas. O que, apesar da quadra, não deixa de ser estranho dado que as famílias são cada vez mais pequenas. Andamos a comer que nem uns alarves, parece-me licito concluir.

E os outros, pá?

Kruzes Kanhoto, 21.06.18

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Nem sei como é que nenhuma daquelas associações parvas que vivem à custa do dinheiro do contribuinte e que apenas servem para aborrecer as pessoas, ainda não se pronunciou acerca desta frase promocional de uma conhecida cadeia de supermercados. Mas não deve tardar. Não é coisa para escapar à policia do politicamente correcto. Logo essa cambada que detecta ofensas a tudo e a todos em qualquer lado.

Por mim prefiro o tinto. Alentejano. Mesmo que a comezaina inclua deglutir uma ave.

E contra a trifobia, pázinhos, ninguém luta?!

Kruzes Kanhoto, 17.05.18

Diz que hoje é o dia internacional contra a homofobia, a bifobia e a transfobia. Não é que isso me importe – nem exporte, a bem dizer – mas, assim de repente, parece-me uma coisa esquisita. Daí que não vá desenvolver nenhuma acção de luta contra qualquer uma dessas fobias. Até porque, coitadas, nunca me fizeram mal nenhum.

Nestas matérias – como noutras, confesso – sou um bocado ignorante. Se relativamente à primeira – a homofobia – tenho uma vaga ideia do que seja, já quanto às outras são conceitos que escapam ao meu conhecimento. Bifobia será alguém com duas fobias, certamente. E transfobia deve ser quando um gajo ou uma gaja - ou um coiso, vá - tem medo ou aversão a transportes. Públicos, nomeadamente. Que, calculo, deve ser uma fobia muito comum. A não ser assim haverá aqui uma ilegítima apropriação linguística, em beneficio próprio, de algum grupo modernaço...

Blogs do ano

Kruzes Kanhoto, 15.11.17

A sério que o blog do ano, na área do entretenimento, é uma coisa chamada “Bumba na fofinha”?!

E o “Poupadinhos e com vales” - graças ao qual ficaria elucidado acerca das diferenças entre a Bimby nova e a velha Bimby, se me desse ao incomodo de ler o post sobre o tema – foi o vencedor na categoria “negócios e empreendimento”?! De verdade, ou isso é só a reinar?!

Diz também que o “Emprego pelo Mundo” ganhou na categoria “Política e Economia”. Deve ser por não ter tido actualizações nos últimos seis meses…

Claro que nada disto tem importância. Nem, obviamente, serve para coisa alguma. A não ser para evidenciar a indigência mental que vai reinando por aí...

O Estado serve, ao certo, para quê?!

Kruzes Kanhoto, 12.11.17

Que um policia seja malhado por um meliante não me parece nada de por aí além. É um dos riscos, talvez o principal, que consigo associar à profissão. Inquietante é a ausência de reacção à agressão. Quer o agente agredido quer o colega teriam, como todos os agentes da autoridade, uma arma à cintura. E, ambos, optaram por não a utilizar. Em cumprimento, presumo, de alguma lei ou regulamento que determina o protocolo a seguir numa daquelas situações. Ou, mais inquietante ainda, por receio do que viria a seguir se, por sorte, limpassem o sebo ao agressor. Ora é precisamente aqui que a coisa se torna extremamente preocupante. Se os policias agiram assim quando em causa estava o seu próprio coiro, nem quero imaginar o que fariam se fosse o meu.

Perante situações deste género, a pergunta “para que serve o Estado?” é cada vez mais pertinente. Se abandona o território, deixa as populações à sua sorte e não garante a segurança dos cidadãos não parece que sirva para grande coisa. Excepto, talvez, para aquilo de recolher impostos com vista a satisfazer pensionistas e sindicatos.

Os transfinanceiros (ricos que nasceram num corpo de pobre)

Kruzes Kanhoto, 11.10.17

Isto de governar um país, por mais que uma imensa maioria não perceba, é como gerir uma casa de família. A questão da divida, por exemplo. Eu, como quase toda a gente, também tive um crédito à habitação. Daqueles a pagar em vinte cinco anos. No meu caso foram “apenas” dezassete ou dezoito. A melhoria do nível vida verificada no tempo em que o Cavaco foi primeiro-ministro permitiu-me, com o aumento de rendimento, ir fazendo amortizações de capital e, com isso, poupar nos juros, diminuir a taxa de esforço e antecipar o fim do empréstimo em sete ou oito anos. Nada de mais. Qualquer pessoa minimamente inteligente – ou só precavida, vá – faria o mesmo.

Ora não é nada disso que os gajos que tomaram o poder estão a fazer. Para gáudio da populaça, diga-se, que se revela extremamente contente com o desvario que vai nos centros de decisão. Só um governo de idiotas e um povo imbecilizado não percebe que, numa altura de crescimento económico e de aumento do PIB, a única opção séria é reduzir a divida. Mas não. Pelo contrário. Ela cresce a cada dia. Perante, como se vê, o aplauso generalizado. É o que dá ter um país governado por gente que nem a sua vida sabe governar.

Grande defensor dos trabalhadores e do povo, este...

Kruzes Kanhoto, 08.10.17

O que ontem era verdade hoje é mentira. Ou o contrário. Não sei, mas, no caso, é indiferente. Para o antigo chefe da CGTP, agora, não é possível baixar impostos. Nem desejável, acrescenta. Até porque, acha o cavalheiro, até nem pagamos por aí além. Pior, a criatura acha que teremos de nos conformar com a ideia de ir sempre pagando mais qualquer coisinha a cada ano que passa.

Já não me lembro – e não estou para ir pesquisar – mas suponho que este senhor tenha sido daqueles que considerou um roubo a quem trabalha aquilo do brutal aumento de impostos, ordenado pela troika, para pagarmos a bancarrota deixada pelo governo de Sócrates. Do qual, convém não esquecer, António Costa foi o número dois.

E é isto. É esta a coerência daqueles a quem a comunicação social vai dando voz e os contribuintes vão sustentando. São estas as baboseiras e estes alarves que vamos tendo de aturar. Nada de surpreendente nem a que não estejamos habituados. De estranhar, apenas, é que tanta gente ainda se mobilize para seguir estes idiotas.

Por onde anda aquela malta de esquerda que se dizia sempre contra o governo, qualquer que ele fosse? Pelos vistos só resto eu...

Kruzes Kanhoto, 05.10.17

Esforço-me o mais que posso por gostar do governo. A sério. Dou o meu melhor para, tal como a maioria dos reformados, funcionários públicos e trabalhadores de empresas públicas me tornar num fã desta solução governativa. Ou problema, do meu ponto de vista. Mas, por mais esforços que desenvolva nesse sentido, não consigo. É escusado. De cada vez que estou quase a começar a tolerar aquela gentalha, eles encarregam-se de deitar por terra os meus esforços.

Admito que o problema seja meu. Ou do meu mau feitio. Se calhar – só para mencionar os exemplos mais recentes – preferir, como está a fazer a geringonça, que venham para cá migrantes pobres em vez de reformados estrangeiros abastados até será uma coisa boa. Eu, assim de repente, é que não estou a ver a vantagem. Mas, lá está, devo ter de me esforçar mais para apanhar o alcance da tramoia.

Depois os aumentos da reformas para o próximo ano. De certeza que aumentar as pensões de milhares de euros e manter congelados os vencimentos de seiscentos euros deve ser uma medida da mais elementar justiça social. Mas, lá está outra vez a minha ignorância, a mim parece-me uma tremenda injustiça que se faz a quem trabalha. Até porque terá de bulir muitos mais anos para, com sorte, ficar com metade da reforma daqueles que agora vão ser aumentados.

Por fim as mexidas no IRS. Ao que se sabe estará a ser estudada uma formula que impeça quem ganha mais de treze mil euros brutos anuais de beneficiar do alivio fiscal que andam por aí a prometer. Ou seja, para os alienados que mandam nisto tudo quem ganha novecentos e poucos euros brutos por mês é rico. O que, diga-se, me deixa ainda mais preocupado. Nomeadamente quando é sobejamente conhecida a determinação desta pandilha em tornar cada vez mais baixo o limiar de riqueza.

Deve ser aquela cena de "mais vale cair em graça do que ser engraçado". Ou, quiçá, coisa pior...

Kruzes Kanhoto, 11.05.17

No seu blogue cada qual escreve acerca do que muito bem lhe apetece. Tem, obviamente, todo o direito a fazê-lo. Mas há coisas que me fazem espécie. Não que me incomodem. Era só o que faltava. Deixam-me é um bocado baralhado. Os blogues das promoções dos supermercados, por exemplo, que nem precisam de escrever. Ao certo servem para quê? E, sobretudo, a quem? Aos que procuram esse tipo de informação não bastam os sites das grandes – e pequenas – cadeias de distribuição, bem como  toda a parafernália de publicidade, para estarem devidamente informados acerca das pechinchas que podem adquirir? Mas, enfim, admitamos que não. Façamos de conta que são mesmo úteis. Merecem, por isso, os sucessivos destaques e prémios que lhes vão sendo atribuídosRepresentam o reconhecimento do quê? Do trabalho que aquilo dáDa notória criatividade que é exigida para alimentar o espaço? O que está por detrás disso?! Tudo questões inquietantes. Pertinentes, até. Ou, pelo menos, impertinentes.  

Caça-promoções

Kruzes Kanhoto, 09.11.15

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Diz que duas famílias se envolveram em pancadaria, numa grande superfície comercial, quando duas crianças disputavam o mesmo brinquedo. Deve ser, digo eu, mais um sinal de retoma da economia. Um facto revelador, quiçá, do crescimento do poder de compra da população. A juntar a muitos outros a que assistimos diariamente. Como, por exemplo, num supermercado cá do sitio onde quase tudo o que pode ser consumido na restauração desaparece num ápice das prateleiras. Neste caso não consta que tenha havido recurso ao tabefe para levar a última garrafa. Desconfio, até, que o primeiro taberneiro a chegar as levou todas. E depois ainda têm a lata de andar por aí com a lamuria disso da crise e tal...