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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

E promessas novas, pá?!

Kruzes Kanhoto, 27.09.17

Esta deve ter sido, em termos autárquicos, a campanha eleitoral que menos interesse me suscitou. Li, apesar disso, as propostas que as quatro forças concorrentes têm para nos apresentar. Por alto e na diagonal, confesso, mas li. Foi assim a modos um passar de olhos, como diria a minha avó, suficiente para me deixar profundamente desiludido. Mais coisa menos coisa são as ideias do costume. Não descortino ideias inovadoras nem verdadeiramente capazes de suscitar uma mobilização geral do eleitorado. Daquelas de encher o olho, vá. E nem me refiro àquelas cenas de prometer campas a metade do preço, bairros do amor ou espantar ciganos. Isso são coisas de meninos que prometem em todo o lado. O que eu queria ver nos programas eleitorais eram promessas a sério. Assim tipo construir um teleférico do Rossio até ao Castelo ou um centro de acolhimento a visitantes de outros planetas. Sim, que isto há que elevar a aposta no turismo a outros patamares. Ou, até mesmo, recuperar as fontes tradicionais que foram ao longo dos anos sendo destruídas pelo desleixo, pela acção do tempo ou pelos proprietários dos terrenos circundantes.

Cartões com pouco crédito

Kruzes Kanhoto, 12.09.17

E aquela ideia, generalizada a todo o país nos últimos anos, de criar um cartão jovem municipal ou um cartão municipal do idoso?! É manifestamente parva, não é? E inconstitucional, provavelmente. Configura, digo eu, assim uma espécie de discriminação em função da idade. Nada que, estranhamente, preocupe a policia dos novos costumes. Pelo menos enquanto os seus agentes andarem entretidos com paneleirices.

Alegam os mentores da ideia que, no caso, se trata de discriminação positiva. Mas se fosse eu, já que é para discriminar positivamente, ia mais longe. Criava mais cartões. O cartão municipal do celibatário, por exemplo. Presumo que, por esta altura, já estejam a perceber as necessidades que visava cobrir. É que isto nada como estar atento a todas as necessidades do eleitor. Sejam elas quais forem.

Palavra dada é palavra honrada?! Depende...

Kruzes Kanhoto, 03.04.16

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Palavra dada é palavra honrada, gosta de dizer o cidadão que ocupa o cargo de primeiro ministro. O problema é que as palavras dadas foram mais que muitas. A todos. A propósito de tudo. Deu, entre outras, a palavra que este ano os funcionários públicos deixavam de receber o subsidio de Natal em duodécimos passando aquela remuneração a ser paga, por inteiro, em Novembro. Tal como acontecia na era pré-troika. Pois que não vai ser assim. De acordo com o Orçamento do Estado agora publicado continuará tudo na mesma. Por mim tudo bem. Até prefiro que continue como está. Mas já aquela coisa da palavra dada...

Iva da restauração. Alguém vai pagar a promessa do Costa...

Kruzes Kanhoto, 30.08.15

Continuo a achar que baixar a taxa de IVA na restauração é uma parvoíce. A acontecer, como o Costa anda a prometer, apenas servirá para transferir dinheiro dos bolsos dos contribuintes para os empresários sem que daí resulte qualquer beneficio. A não ser para os próprios, claro. Este sector, mesmo com isto das facturas deduzirem no IRS, continua a escapar à malha fiscal. Ou seja, anda a enganar-nos a todos. Mas isso é outra história da qual só nós temos a culpa.

Se, como ouço repetidamente afirmar, a restauração está assim tão mal é de estranhar, por exemplo, o verdadeiro “assalto” às promoções das grandes superfícies por parte dos empresários do ramo. Todo e qualquer produto da área de alimentação e bebidas desaparece das prateleiras, das peixarias e dos talhos dos supermercados cá do sitio mal estes abrem portas. É vê-los de carrinhos a transbordar de bens que, certamente, não serão para o banco alimentar. Sem, curiosamente, nunca se esquecerem de pedir factura com número de contribuinte. Para quem está em crise...