E promessas novas, pá?!
Esta deve ter sido, em termos autárquicos, a campanha eleitoral que menos interesse me suscitou. Li, apesar disso, as propostas que as quatro forças concorrentes têm para nos apresentar. Por alto e na diagonal, confesso, mas li. Foi assim a modos um passar de olhos, como diria a minha avó, suficiente para me deixar profundamente desiludido. Mais coisa menos coisa são as ideias do costume. Não descortino ideias inovadoras nem verdadeiramente capazes de suscitar uma mobilização geral do eleitorado. Daquelas de encher o olho, vá. E nem me refiro àquelas cenas de prometer campas a metade do preço, bairros do amor ou espantar ciganos. Isso são coisas de meninos que prometem em todo o lado. O que eu queria ver nos programas eleitorais eram promessas a sério. Assim tipo construir um teleférico do Rossio até ao Castelo ou um centro de acolhimento a visitantes de outros planetas. Sim, que isto há que elevar a aposta no turismo a outros patamares. Ou, até mesmo, recuperar as fontes tradicionais que foram ao longo dos anos sendo destruídas pelo desleixo, pela acção do tempo ou pelos proprietários dos terrenos circundantes.