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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Albergue espanhol

Kruzes Kanhoto, 27.03.25

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Espanha foi transformada pelos governos esquerdalhos num país de malucos. Um verdadeiro manicómio a céu aberto onde mandam os mais tresloucados de todos os doidos varridos. Coisa em que, mais cedo do que tarde, também nos transformaremos caso o sonho – ou pesadelo, dependendo da decência de cada um - dos esquerdistas do PS em liderar uma frente popular, se concretize.

Não sei se por cá se conhece a dimensão da loucura espanhola. Desconfio que não. Mas, por exemplo, quem vê a sua casa ocupada por uns meliantes quaisquer tem de esperar, em média, mais de oito meses até o tribunal a mandar desocupar. Isto se os ocupantes não forem uma família vulnerável – como agora chamam à generalidade da vadiagem – porque nesse caso o melhor é esquecer. No mínimo uns três anos até ver os delinquentes pelas costas.

Como no país aqui ao lado a esquerda é muito boazinha, tratou de garantir que nunca, em circunstância alguma, alguém pode ser privado de eletricidade, água, gas e internet. Daí que o proprietário, para além de ter de continuar a pagar o IMI lá do sitio ou o empréstimo bancário se for o caso, esteja impedido de mandar desligar esses serviços aos biltres que lhe ocuparam a casa. E que nem lhe passe pela cabeça deixar de os pagar. Se o fizer, para além de ser considerado um acto criminoso, depressa verá o seu ordenado ou reforma penhorados como forma de garantir o bem estar dos patifórios. Menos mal que, por estes dias, um colectivo de juízes decidiu fazer uma interpretação contrária da lei e colocar um pouco de ordem no manicómio. Por pouco tempo, certamente. Os mais malucos entre os malucos – que é como quem diz o esquerdume que gere o hospício – em breve tratará de repor a anormalidade.

Estirpes pouco recomendáveis

Kruzes Kanhoto, 26.03.25

O ano vai ser fértil em promessas. Haverá muitas. Para todos e para todos os gostos. Até porque as promessas são como os princípios. Se não gostarmos de umas eles terão outras que certamente nos agradarão. Pedro Nuno Santos – um tipo, segundo o próprio, cheio de empatia – promete, assim para começar, construir creches, lares e casas. Não fez nada disso enquanto esteve no governo em que detinha a pasta do sector, mas agora é que vai ser. Desta vez é que é mesmo a sério. Ou ele não se chame Pedro Nuno e não tenha empatia para dar e vender. Quanto ao dinheiro, isso não é problema. Ou não fosse ele socialista. Para assegurar o financiamento da habitação, garantiu, irá mobilizar uma parte dos dividendos que a CGD paga ao Estado. Para o restante desvario logo se vê. Virá donde calhar. Dos contribuintes, provavelmente. Ou dos banqueiros alemães, se estes estiverem dispostos a arriscar umas tremideiras ao nível dos membros inferiores. Mas, seja qual for a origem, as nossas perninhas é que vão tremer.

Ainda sobre o momento pré-elitoral. A entrevista ao líder do PCP foi conduzida de forma miserável e percebe-se a indignação dos comunistas. Mas, convenhamos, os tipos puseram-se a jeito. Aquele discurso de “Miss Mundo” sobre a paz, o pacifismo e o raio que os parta é de uma hipocrisia atroz. Nomeadamente quando se proclama, como o fazem inúmeros comunas, o slogan “Okupa e resiste”. A admiração do PCP por criminosos é por demais conhecida e deve ser por isso que apenas a esses lhes reconhecem o direito a resistir… São, de facto, gente de outra estirpe como se auto-intitulam. Pois são. Daquela que merece levar com um gato morto pelas trombas até ele gritar Benfica.

IRS, nem um euro a mais!

Kruzes Kanhoto, 21.03.25

Percebo que o tema dos impostos não seja especialmente popular ou suscite grande interesse entre os três ou quatro leitores que têm a paciência de me ler. É normal. Eu também não sou apreciador de assuntos como as gracinhas de canitos a quem só falta falar, receitas de culinária, ultimas tendências da moda ou outros temas de igual relevância. É a vidinha. Cada um é como cada qual e ninguém tem nada a ver com isso, já garantia a minha sábia avó.

No entanto, como quase sempre acontece por esta altura, dá-me para dissertar acerca do IRS. Até porque a data de o fisco ajustar contas connosco aproxima-se e isto nada como estar preparado para conhecer a dimensão do saque. E minimizá-lo, se possível. Para tanto há que ter em conta, por exemplo, o imposto retido pelos bancos quando do pagamento dos juros dos depósitos a prazo. Para quem os tem, obviamente. Mas, atendendo aos números divulgados, será uma parte muito significativa dos contribuintes. Pode não constituir um valor capaz de transformar alguém num milionário, mas sejam umas dezenas ou centenas de euros a menos a pagar ao Estado é sempre de aproveitar. É fazer a conta, simular e ver o que é mais vantajoso e optar – ou não – pelo englobamento. O dinheiro é nosso, não é do Estado, deve por isso estar no bolso de quem o ganhou. Mais do que lamentos é nestas alturas que podemos fazer algo de útil. A nós.

Fascismo climático

Kruzes Kanhoto, 20.03.25

Um fulanito, alegado especialista da especialidade, garantia na CNN que a culpa da chuva e das rajadas de vento é das alterações climáticas e estas, por sua vez, dos capitalistas que nos governam. Obviamente que, não tendo eu nenhuma espécie de formação académica que me permita duvidar da saúde mental do cavalheiro, até me pareceu que o homem era gajo para ter razão. Bem capazes disso são eles, os capitalistas. Esses patifes, que nos querem matar a todos. Ainda que vagamente, ocorreu-me que caso tivessem sucesso nesse desiderato de nos extinguir os negócios deles dariam para o torto. Coisa que, digo eu, não lhes ia agradar muito. Mas não liguei. O homem é que tem os livros e eu só leio “A Bola”. Até porque o facto da Primavera só ter começado hoje às nove da manhã não deve ter importância nenhuma quando se fala das condições meteorológicas do dia. O mais natural, se calhar, era estarem para aí uns trinta graus e levantar-se uma brisa refrescante ao final da tarde. Dar-se o caso do fulano ser o chefe da Climáximo – os apanhados do clima do BE – também não. E depois ainda gozam com os agricultores que se queixam da seca no Verão e da chuva no Inverno…

Quem diz é quem é...

Kruzes Kanhoto, 19.03.25

Um indivíduo que foi ministro de qualquer coisa e cuja única qualidade que publicamente lhe é conhecida é o seu benfiquismo, perora hoje, num pasquim daqueles tidos como sendo de referência, acerca dos limites ao policiamento da linguagem que, em nome do combate ao wokismo, já terão sido ultrapassados e estarão a colocar em causa a liberdade. Tem piada, o tipo. Está a armar-se em vitima. Foi precisamente o wokismo que impôs - e continua a impor – limites à liberdade. Sim, como escreve o cavalheiro, as palavras são importantes. Quando são ditas, nomeadamente. Quando ficam por dizer não me parece que sejam assim tão relevantes. Preconizar a restrição ao discurso livre, limitando-o ao que é considerado politicamente correcto segundo o conceito de uma minoria ruidosa, é tudo menos defender a liberdade e a democracia. É, antes, coisa de tiranos e ditadores. Infelizmente o discurso anti-wokismo é mais um tema deixado para a extrema-direita, apesar de muita gente moderada e mesmo de esquerda não se rever nessa maluqueira. Para ser contra a ditadura woke a opção política interessa pouco. Basta ter noção, como diria o outro.

O imposto voluntário

Kruzes Kanhoto, 18.03.25

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O “Imposto de Renda” é, no Brasil, o equivalente ao nosso IRS. Lá como cá é sempre preciso mais e mais dinheiro para alimentar os desvarios governativos. É que, ao contrário do que muita gente acredita, no poder não são todos corruptos. Pelo contrário, muitos são de uma generosidade extrema e encaram o exercício governativo como um lugar onde podem fazer caridade com o dinheiro que não lhes pertence. Uns chamam-lhe solidariedade e outros, entre os quais me incluo, uma maneira de esturrar o dinheiro que nos roubam em prol da sua reeleição. Mas, seja qual for a perspectiva pela qual se olhe para o assunto, o facto é que o dinheiro dos imposto é sempre pouco para tanta vontade de gastar. Terá sido por isso que, no Brasil, alguém teve a ideia de criar o programa “Heróis do Tesouro” destinado a todos os que queiram pagar mais impostos do que aqueles que lhes são exigidos pelo Estado. Parece-me uma excelente ideia. Acho até que, na ausência de semelhante iniciativa por parte do políticos portugueses, devia ser criada uma petição a exigir tal possibilidade. Com tanta gente a considerar que não pagamos impostos suficientes, voluntários é coisa que não deve faltar. Podiam chamar-lhe, sei lá, o imposto patriota ou, vá, a taxa otária.

O problema não são as eleições. É o resultado.

Kruzes Kanhoto, 17.03.25

Ao contrário do que me parece ser a opinião quase generalizada, o problema não são as eleições. Em democracia o voto nunca é um problema. A chatice é que, por mais que se vote, nunca saímos disto. E a culpa é nossa, enquanto povo, por não querermos mudar nada. Podemos passar a vida a votar, mas andaremos sempre à volta do mesmo e, ainda que por obra de um acaso mirabolante, apareça alguém que queira tornar isto num país a sério surgirão tontinhos aos magotes que tratarão de o impedir.

Muito me engano ou das próximas legislativas resultará um cenário ainda mais difícil do que o actual. Uma maioria de uma eventual frente populista de esquerda – PS, BE, Livre, PCP e PAN ou apenas alguns destes – constituiria uma tragédia de proporções épicas com consequências que nem me atrevo a imaginar. Imigração descontrolada e ocupação de habitações, no âmbito da segurança ou aumento de impostos, nacionalizações e crescimento artificial de salários no que diz respeito à economia contribuiriam para criar um caos social provavelmente ainda mais perigoso do que o do tempo do PREC. A radicalização - apesar de muita - pode não ser tanta, mas a voz dos indigentes mentais é muito mais escutada do que antes.

Por outro lado, uma maioria de direita – AD e IL – afigura-se como algo do domínio da ficção. Daí que o mais provável seja uma vitória, sem maioria, do PS ou da AD. Adivinhar o que se vai seguir nestas circunstâncias, ganhe um ou outro, não requer dotes adivinhatórios muito relevantes.

Os bancos, o Estado e a arte do assalto legalizado

Kruzes Kanhoto, 13.03.25

Num tempo não muito distante pagámos os prejuízos dos bancos. Hoje pagamos os lucros. Antes com impostos e agora com as comissões - para aqueles que as pagam – e com a margem financeira, para lá de escandalosa, que estão aplicar no negócio da “compra e venda de dinheiro”. Os bancos portugueses são especialistas na arte de dar com uma mão e tirar com as duas. Se tivéssemos de eleger uma instituição que melhor representa o lema "o lucro acima de tudo", os bancos nacionais levavam a taça. E – nem tenho dúvidas quanto a isso - cobravam-nos uma comissão pela entrega.

O governador do Banco de Portugal já veio dizer que as taxas de juro dos depósitos são vergonhosamente baixas. O reparo, como é de esperar, será liminarmente ignorado e os banqueiros, na sua imensa criatividade financeira, continuarão a fazer a sua vidinha. Por cada cêntimo que nos pagam num depósito a prazo - e sublinho cêntimo - arranjam novas comissões para garantir que esse dinheiro nunca chega ao bolso do cliente. Um dia destes ainda hão-de inventar uma comissão só para entrarmos numa agência, como faz aquele supermercado em Inglaterra.

Mas se os bancos já fazem tudo para que o nosso dinheiro renda pouco mais do que nada, o Estado aparece logo para ficar com o resto. Sim, porque aqueles míseros juros que os bancos pagam ainda têm de passar no crivo do IRS. E lá se vai quase um terço para os cofres do Estado, como se, quais malvados capitalistas, estivéssemos a fazer uma fortuna a viver dos rendimentos. Vejamos a lógica: o banco paga 0,5% de juros, o Estado leva 28% disso… No final, o cliente recebe o quê? Uma esmola e um abraço solidário do ministro das Finanças? E o mais curioso é que, enquanto pagam aos aforradores juros dignos de troco de café, os bancos continuam a anunciar lucros recorde. Pudera. Assim é fácil.

Ossos do ofício

Kruzes Kanhoto, 12.03.25

Todas as profissões envolvem riscos. Umas mais que outras, mas seja qual for a actividade profissional exercida os acidentes nunca são de excluir. No âmbito da ladroagem, nomeadamente do assalto a residências, os profissionais do ramo estão expostos a uma enorme panóplia de perigos que lhes podem causar danos severos. Irreversíveis, muitas vezes. Embora, lamentavelmente, esses mesmos danos não se verifiquem com a frequência desejável. É que quando se entra em propriedade alheia, por norma território desconhecido, nunca se sabe se existem obstáculos que dificultem a progressão do amigo do alheio e façam com que o dito tropece ou, até mesmo, que o morador seja anti social e receba o gatuno de forma menos amistosa.

Deve ser por tudo isto que não existirá seguro de acidentes de trabalho que proteja os profissionais do sector. O que, convenhamos, é lamentável. A única garantia de segurança para quem faz vida neste ramo está na justiça. Limitar, interferir ou tentar impedir a sua actuação, durante o processo de gamanço, pode constituir crime e levar a punições exemplares. Nomeadamente se daí resultarem danos para o ladrão. Foi o que aconteceu a um cidadão que, desagradado por lhe assaltarem a casa, limpou o sebo ao intruso. Coitado. Do proprietário, obviamente, que foi condenado a oito anos de prisão. Teria sido melhor oferecer-lhe uma bebida ou qualquer coisa para comer. Só para o larápio ir com o estômago mais aconchegado, que isto de trabalhar a desoras costuma dar fomeca. Depois, claro está, de se certificar que o meliante não padecia de nenhuma alergia aos alimentos ofertados. Não fosse a justiça condená-lo por envenenamento, ou isso.

Directamente para o olho da rua!

Kruzes Kanhoto, 08.03.25

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Por aquilo que vou lendo e ouvindo fico com a ideia que a possibilidade do governo cair e irmos de novo a eleições é uma situação que desagrada à generalidade dos portugueses. Não sei porquê. Em democracia as eleições, seja qual for a cadência a que se repetem, nunca são um problema.

A liberdade de expressão, a coscuvilhice acerca da vida dos políticos e as bacoradas que se escrevem nas redes sociais também não constituem grande problemática. Nem, ao contrário do que muita gente preconiza, devem ser limitadas ou mesmo abolidas. A menos, obviamente, que constituam crime ou incentivem práticas criminosas.

Confesso que ao passar os olhos pelos posts que certas figuras publicam na rede social “X” me sinto divido quantos às opiniões que por ali vão sendo publicadas. Cito, apenas a titulo de exemplo, um tal Miguel Tiago. Um cavalheiro que já foi deputado, eleito pelo PCP, e que muito provavelmente integrará a lista de candidatos dos comunistas às próximas eleições. O tipo, coitado, deve ter tido uma infância infeliz e agora destila ódio contra tudo o que não seja camarada. Mas, por um lado, é bom que possa continuar a expressar as suas opiniões. São pessoas assim que contribuem para a extinção do eleitorado daquele partido e que em poucos anos levarão ao seu desaparecimento do cenário parlamentar. Por outro, o incitamento ao crime que este individuo promove através do antigo Twitter não devia ser tolerado. Esta atitude do homem revela igualmente a sua inteligência. Num país onde setenta por cento das famílias são proprietárias, atacar o direito à propriedade é mesmo de um politico esperto.