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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Para quê comprar se posso okupar?!

Kruzes Kanhoto, 09.04.24

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O imobiliário foi um tema que sempre me interessou. Tenho mesmo a pretensão de achar que podia, se a vida tivesse levado esse caminho, ter sido um profissional do sector. Assim um pedreiro, ou isso. Gabarolice à parte, tenho até um certo jeito para a arte.

Por isso – ou apenas porque sim – subscrevo newsletser’s de diversas empresas do ramo. Numa das últimas eram apresentadas vários imóveis para venda que constituíam verdadeiras pechinchas, desmontando assim a ideia segundo a qual comprar casa é uma impossibilidade para quem tem o azar de não ser milionário. Estava, no caso, a ser comercializado um apartamento T2, com 73 m2, no centro de uma capital de distrito, pela interessante quantia de vinte cinco mil euros. Pela fotografia que promovia o imóvel – reproduzida em cima – pode ver-se que a vizinhança gosta de conviver na rua e que existe na zona uma quantidade significativa de furgões brancos. Propriedade dos moradores, certamente. Há, contudo, um pequeno senão. Uma coisinha de nada. O apartamento está ocupado ilegalmente. E, mas isso sou eu a especular, se algum dia alguém o conseguir desocupar, estará todo partido. É nesta parte que me lembro sempre da outra fulana. Aquela que recomenda que não “lhes dês descanso”, referindo-se, presumo eu, a esses patifes especuladores que fazem, com a sua ganância, com que a malta tenha problemas em arranjar uma casa barata e, por consequência, fique impossibilitada de ter uma “vida boa”. Essas palavras de ordem são aqui seguidas em todo o seu maravilhoso esplendor. Por um lado, descanso é - a julgar pelo preço que estão a pedir - o que os donos do apartamento não têm tido. Por outro, os okupas estão certamente a levar uma vida boa. Ou seja, um magnifico exemplo do que o Bloco de Esquerda pretende para o país. As melhoras a quem votou neles.

Okupas e outros vermes

Kruzes Kanhoto, 05.12.23

Em Espanha, mesmo aqui ao lado, a ocupação de casas por parte de máfias organizadas e meliantes de todas as origens e motivações é uma coisa corriqueira. Graças à legislação patrocinada pela esquerda e extrema-esquerda no poder, qualquer um que veja a sua propriedade ocupada pouco ou nada pode fazer para expulsar os delinquentes e retomar a posse daquilo que é seu. Não pode, sequer, mandar desligar a água, luz ou comunicações. Tem de continuar a pagar as contas, pois caso não o faça as operadoras recorrem à execução e o salário da vitima é penhorado num ápice. A maneira mais eficiente para estas pessoas recuperarem os seus imóveis tem sido o recurso às empresas de desocupação, mas até isso está na mira da esquerda espanhola que já tentou pela via legislativa terminar com esta actividade. Só não conseguiu por ainda haver, entre os deputados do PSOE, meia-dúzia de pessoas com bom senso que votaram contra esta intenção e evitaram a criação de uma maioria que aprovasse a lei. Nas últimas eleições já devem ter ficado fora das listas e por isso, mais dia menos dia, nem essa hipótese restará aos espanhóis.

Por cá, ainda que pontualmente, já vamos tendo noticias do incremento desta criminalidade. Embora apenas através de relatos partilhados nas redes sociais ou numa ou noutra publicação de meios de informação alternativos. Os média do regime se um dia derem conta destas coisas, tal como em Espanha os média locais, estarão do lado dos criminosos. A lei portuguesa, por enquanto, permite a rápida expulsão de qualquer intruso que invada propriedade privada. Não deve tardar a ser alterada. Por ora o mais parecido que temos com os okupas espanhóis são os inquilinos que não pagam a renda. Outra praga.

O mundo ao contrário

Kruzes Kanhoto, 21.05.23

Embora por cá apenas muito raramente seja noticia, em Espanha a ocupação ilegal de casas constitui um dos maiores problemas do país vizinho. Principalmente desde que os esquerdalhos malucos chegaram ao poder. A loucura é de tal ordem que, recentemente, foi apresentado no parlamento espanhol uma proposta de lei que visava ilegalizar as empresas que se dedicam a desocupar as propriedades. Uma réstia de bom senso de alguns deputados do PSOE impediu mais esse passo na direcção da anarquia aboluta.
Um proprietário que veja a sua casa ocupada - há casos em que bastou a ausência de umas horas - não pode, face à legislação espanhola, correr com os meliantes que a ocuparam. Nem, sequer, mandar desligar a água, a luz, o gás ou as telecomunicações. Tem de continuar a pagar como se lá morasse e, se não o fizer, verá o salário penhorado pelos respectivos fornecedores para pagamento das dividas. Pode, naturalmente, recorrer à justiça. Terá, com sorte, o problema resolvido cerca de um ano e meio depois. Isto se for a primeira habitação. Caso se trate de uma segunda o melhor é esquecer. Nunca mais de lá tira a vadiagem.
Este cenário levou ao surgimento de inúmeras empresas especializadas em colocar os okupas ao fresco. Estas empresas actuam dentro da legalidade e, que se saiba, raramente têm sido condenadas pelos tribunais por actuações contrárias aos limites da legislação. E é isso que a esquerda quer evitar ao tonar ilegal a desocupação. Se um dia o conseguir criará um problema muitíssimo maior. Entre os muitos milhares de proprietários existirão sempre alguns menos pacientes que tenderão a resolver as coisas pelas próprias mãos. E isso, por norma, não costuma acabar bem.

O Estado-Okupa

Kruzes Kanhoto, 17.02.23

Avenida1

Avenida2

 

1 – Nada do que vem do actual Partido Socialista constitui motivo para grandes surpresas. Daí que ouvir o primeiro-ministro colocar em causa o direito à propriedade privada não espante ninguém. Aquilo anda numa deriva revolucionária ao melhor estilo do PREC que, calculo, envergonha os milhares de socialistas que, no Verão quente de setenta e cinco, lutaram contra a implementação de uma ditadura comunista.

2 – Depreendo das palavras de António Costa, acerca do pacote da habitação, que o governo pretende, entre outras coisas, tornar-se num “okupa”. Dos bonzinhos, concedo. Toma posse de uma casa vazia, recupera-a se estiver em mau estado, coloca lá quem lhe apetecer e paga a renda ao legitimo proprietário. Não me parece mal de todo. Mas, para precaver inevitáveis desaguisados com os donos, pode começar por recuperar o património do Estado. Como, para não ir mais longe, estas casas que uma empresa cem por cento pública detém cá na terra.

3 – Aproveitar a hora de almoço para ir a qualquer um dos supermercados cá do burgo é uma experiência que não recomendo a ninguém. Estão, todos eles, cheios de reformados e de malta do rendimento mínimo a comprar cenas como se não houvesse inflação. Com toda a tranquilidade deste e do outro mundo. Não podem, obviamente, ir a outra hora. Antes ou depois aqueles espaços comerciais têm demasiada clientela. Nomeadamente reformados e malta do rendimento mínimo que não gostam de ir às compras à hora de almoço.

A casa dele é a tua casa. Dou-ta eu.

Kruzes Kanhoto, 02.02.21

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Há quem goste de praticar a caridade e quem prefira a solidariedade. Diz-se que a primeira é coisa das pessoas da direita e que a segunda constitui um dos principais valores da esquerda. Por norma quem pratica a caridade fá-lo com o seu dinheiro. Já a solidariedade é, regra geral, praticada à custa do dinheiro dos outros. Dos contribuintes, quase sempre.

Um bom exemplo é o governo esquerdista-radical espanhol. É tão solidário, mas tão solidário, que num gesto de inusitada solidariedade decidiu proibir os despejos das habitações ilegalmente ocupadas. Negócio que, para quem não sabe, é amplamente dominado por máfias e outros delinquentes das mais diversas proveniências políticas e sociais. Se já era difícil ao legitimo proprietário recuperar uma casa – bastava que entre os ocupantes estivesse uma criança para a recuperação ser extremamente morosa – agora torna-se praticamente impossível. Basta que a habitação tenha sido ocupada sem recurso a violência para que o despejo dos ocupantes não possa ser feito. Como a invasão e apropriação da propriedade alheia ocorre quando o dono não está em casa, a tranquilidade da ocorrência está garantida. São as maravilhas de um governo da esquerda solidária. Ou de ladrões desmiolados. Por mim voto na segunda.

Desokupados

Kruzes Kanhoto, 18.09.17

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Um grupo de indivíduos – provavelmente desocupados e sem nada de útil para fazer - ocupou, um destes dias, um prédio devoluto propriedade do Município lisboeta. Não terá sido, presumo, escolhido ao acaso. Qualquer proprietário normal, chamemos-lhe assim, não estaria para aturar as brincadeiras de gente que se recusa a crescer. Opção, essa de ser eternamente gaiato, que será muito legitima - embora simultaneamente parva e financeiramente ao alcance de poucos – mas que se deve conter dentro daquilo que a lei aceita. O que, para além dos jornalistas embevecidos com esta acção, toda a gente deve perceber que não é o caso. Até o Medina. Mas este pensará no assunto lá para dia dois do próximo mês. Entretanto quem passar por perto é melhor ter cuidado com o fumo. Nunca se sabe a quantidade de tabaco que essa malta usa.