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Ao que parece anda por aí – para os lados de Lisboa, mais concretamente – um grupo de indivíduos que, estilo “comandos”, tratam de defender os animais mal-tratados. Seja pelos donos ou em situação de abandono. Os método, a ser verdadeiro o relato feito num órgão de comunicação social online, é que não se afigura o mais adequado. O recurso à violência e à coação são condenáveis e, como dizem os entendidos nas coisas do pacifismo, geram sempre mais violência. Mas, admito, o principio é bom. Pena que outros não lhes sigam o exemplo. Podiam voluntariar-se para limpar as ruas, passeios, parques e jardins que estão repletos de merda de cão. Seria, igualmente, uma forma de demonstrar carinho pelos bichos. Tão válida como a outra e, seguramente, mais valorizável. A menos que aos donos fosse necessários dar uns murros nos cornos. E alguns bem merecem.
Sucedem-se os casos de pessoas atacadas por cães. Nada de muito surpreendente, dada a explosão demográfica verificada no âmbito da canzoada nas cidades e a consequente convivência forçada entre pessoas e canitos. Serão, portanto, normais os desaguisados entre uns e outros. Com tendência, diga-se, a acentuado agravamento. Por enquanto, salvo uma ou outra excepção, a maior parte desse convívio forçado ainda ocorre ao ar livre mas, um dia destes, passará também a dar-se em espaços fechados e de grande concentração de pessoas. E aí, desconfio, o nível de conflitualidade é capaz de fazer dos nossos brandos costumes uma boa recordação do passado. Porque agora, como se tem visto, não há quem intervenha se deparar com alguém a dar uma carga de porrada num desgraçado qualquer. Mas se num restaurante uma pessoa der um pontapé a um cão, quase aposto que não sai de lá inteira...