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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Há actividades mais mobilizadoras do que outras...

Kruzes Kanhoto, 08.10.22

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À Junta de Freguesia cá da terra ocorreu a ideia de promover uma acção de remoção do lixo arremessado muralha abaixo por aquelas criaturas que desconhecem a função dos contentores. Uma tradição ancestral - muito enraizada na cultura local – com, pelo menos, larguíssimas dezenas de anos de prática continuada.

Apesar de não achar graça à ideia de limpar o lixo dos outros, reconheço a bondade da iniciativa promovida pela autarquia. Pena, a julgar pelas fotos do evento divulgadas nas redes sociais, a fraca adesão da população. É que nem aqueles activistas que não faltam a uma iniciativa autárquica, seja ela uma caminhada, vernissage ou sarau que culmine com um valente repasto, apareceram para dar o contributo à causa – muito valorizável, reitero – de tornar a cidade mais limpa. Nem, para espanto generalizado, os “bonecos de Estremoz” que não perdem uma oportunidade para aparecer, marcaram presença.

Houvesse no final um porco no espeto, sopa de tomate ou outras iguarias em abundância e a brigada do croquete, os puxadores de lustro profissionais e os esfomeados habituais não teriam deixado nem um penico por recolher. A táctica da cenoura funciona sempre.

O lixo dos finórios

Kruzes Kanhoto, 06.06.20

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Na zona servida por este conjunto de contentores e ecopontos residem - para além de uns quantos energúmenos como eu - doutores, engenheiros, professores e outra malta relativamente distinta. Mas não parece. Será tudo muito instruído, culto, viajado e o que mais quiserem em matéria de evolução humana mas, mesmo assim, não conseguem fazer aquilo que desde há muito tempo, segundo a publicidade da época, até um macaco conseguia. Separar o lixo e depositá-lo no sitio certo. Das duas uma. Ou são mais parvos do que um símio ou mais preguiçosos. Ou ambas. Voto na terceira.

Ambientalistas azarados...

Kruzes Kanhoto, 10.07.19

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Em todos os locais onde se cortam ervas, arbustos ou pasto, seja dentro da cidade ou junto a vias de comunicação, o cenário é sempre o mesmo. Lixo, lixo e mais lixo. Que, obviamente, não vai lá parar sozinho. A conclusão só pode ser uma. Isto é tudo uma cambada de javardos. E nem vale a pena atirar a culpa para a incompetência dos serviços competentes. Ou para a preguiça dos funcionários em geral ou responsáveis políticos em particular. Tretas. A proliferação de cenários desta natureza revela é um evidente défice de capacidade intelectual de quem atira a raspadinha, a garrafa de água ou outra merda qualquer para a beira da estrada ou para o descampado mais próximo. Depois queixem-se das beatas...

O lixo, os lixados e os que se estão lixando...

Kruzes Kanhoto, 07.05.17

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A indignação por lhe despejarem o lixo nas imediações da residência levou um cidadão a deixar uma mensagem ao jarvardo que ali se livrou dos seus resíduos. Pois, caro cidadão indignado, não vale a pena. Contentores e eco-pontos existem por todo o lado. São mais que muitos. Mas, por maior que seja o seu número, os idiotas que atiram o lixo para o lugar que lhes cause menos esforço serão sempre mais. Isto, acredite, não se resolve com apelos, desta ou de outra natureza. Só lá vai com acção. Multas, nomeadamente. Até porque, em muitas circunstâncias que envolvem este tipo de comportamento, é possível identificar os infractores. Mas fazê-lo é um aborrecimento. Para todos.

Um dia destes é um monumento. Classificado e tudo.

Kruzes Kanhoto, 29.01.17

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Reza a lenda que Jesus Cristo terá sido avistado nas redondezas no dia em que este chaço ali foi estacionado. Mas pode não passar disso mesmo, uma lenda. Até porque segundo um mito urbano, terá sido um sportinguista a deixá-lo naquele lugar na sequência das comemorações do último campeonato ganho pelo clube do Lumiar. O que, convenhamos, não fará grande diferença. É, em termos de espaço temporal, quase a mesma coisa. Mas isso agora não interessa nada. O que surpreende é o facto da carripana, após tantos séculos no mesmo sitio, ainda estar relativamente bem composta, digamos assim. Numa altura em que se colocarmos uma lata ou um cano podre junto ao contentor do lixo eles desaparecem quase de imediato, não deixa de espantar que tanto metal ainda por ali se mantenha. Deve estar sob apertadas medidas de vigilância...ou então é uma espécie protegida que importa preservar por já fazer parte da paisagem.

Lixo, mas do bom!

Kruzes Kanhoto, 25.02.16

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Uma agência de rating – a Moody’s, no caso - está encantada com o Orçamento aprovado pela geringonça. Ainda bem. Mas, apesar desse encantamento, mantém a notação da divida do país ao nível do lixo. Só que agora é um lixo muito mais encantador que antes. Daquele mesmo bom. Embora continue a ser lixo, à mesma.