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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

É a democracia, estúpidos...

Kruzes Kanhoto, 11.10.18

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Podem arranjar os argumentos que quiserem. Nomeadamente aquilo que, dependendo das coordenadas geográficas, consideram ser os valores democráticos. Mas, por mais que se esforcem, não constitui missão de um jornal local tomar partido por este ou aquele candidato à presidência de um país do outro lado do mundo. Muito menos chamar estúpidos aos (e)leitores. Poucos ou muitos, não importa.  

Reitero que me estou nas tintas para quem ganha eleições fora do retângulo. Gosto é que se respeite a vontade dos eleitores. Mas isso parece ser um conceito que em determinados jornais é tão apreciado como o dever de isenção que os jornalistas devem observar no exercício do seu trabalho.  

Percebo, apesar de tudo, a opção por escrever alarvidades acerca do Trump, do Passos Coelho, do Cavaco e, agora, daquele extremista brasileiro. Sempre é mais fácil do que dissertar acerca do presidente da câmara da terrinha. É que isto quem tem cú tem medo. Ou buraco de trás, vá, para não ferir susceptibilidades... 

Muitos sapos vai ter a comunicação social de engolir...

Kruzes Kanhoto, 05.02.17

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Não me parece que constitua papel da comunicação social fazer oposição ao poder. Ou, ao invés, servir de suporte aos governos. Nem, exceptuando os jornais partidários, doutrinar os seus leitores. E, lamentavelmente, é isso, ou algo ainda pior, que hoje em dia se tenta fazer nos diversos órgãos de informação. Que disso – informação – é coisa que há muito já se esqueceram de fazer. Pelo menos daquela isenta ou que, vá lá, trate mesmo de informar quem lê sem que o jornalista nos queira impingir a sua opinião. A que, obviamente, tem direito mas que a mim, enquanto leitor, não interessa nada.
É por essas e por outras que a minha leitura de jornais se resume aos que existem cá na terra. Dois, no caso. Sou assinante de um e leitor ocasional de outro. Mas mesmo estes, à sua maneira, estão também a trilhar caminhos idênticos aos que a restante imprensa já segue. Daí que, não raras vezes, me limite a ler o obituário. Rigorosamente, mais nada.