Broncos e choninhas
Tomar partido por um dos lados é do pior que a comunicação social pode fazer. Mas fá-lo com inusitada frequência sem que nenhuma entidade reguladora, o poder político – excepto quando lhe interessa – ou, até mesmo, a opinião pública se insurja contra tais práticas. As manifestações de ontem foram noticiadas como se de um lado estivessem os bonzinhos e do outro os malvados. Só que não. Ambos os lados são detestáveis. A maioria dos cidadãos deste país mudaria para o passeio oposto se, por azar, se deparasse com uns em qualquer ruela mais ou menos escusa e, aos outros, jamais compraria um carro em segunda mão ou arrendaria uma casa. De ambos qualquer pessoa com juízo ou minimamente decente quererá uma salutar, prudente e higiénica distância.
A islamização do ocidente é um processo imparável. Não há volta a dar. Lutar contra isso é o mesmo que tentar parar o vento com as mãos. Trata-se de uma questão demográfica e irá ocorrer quer queiramos quer não. É, para as actuais gerações, uma causa perdida e uma tragédia para os europeus que restarem dentro de três ou quatro gerações. É a vida e comprar guerras que não se podem vencer é só parvo.
Defender que todos são bem-vindos, nomeadamente os islâmicos, são me parece mal. Pelo contrário, até se afigura como uma posição cordial e deveras amigável perante o forasteiro que todos devíamos adoptar. Não me parece é que aquela malta esquisita – pelas imagens quase se assemelhava a um circo de aberrações – saiba grande coisa acerca do que se estava a manifestar. Se soubessem desconfio que não ostentavam cartazes com porcos numa acção de apoio aos seguidores do profeta. É mais ou menos o mesmo que eu ir com uma bandeira do Benfica para a porta do tribunal solidarizar-me com o Macaco. Acho que ele não ia apreciar.