Agricultura da crise
1 – Obviamente que ninguém – excepto o governo, eventualmente – estará à espera que a entrada em vigor do “Iva zero” faça baixar o preço seja do que for. Já lá para Novembro, quando esta suspensão acabar, poucos duvidarão que todos estes quarenta e seis produtos verão o seu preço crescer seis por cento. Na falta de melhor, chamar a isto especulação parece-me adequado.
2 – Por falar em especulação, especuladores e manigâncias diversas ocorreu-me o mercado de sábado cá da terra. Deve ser por tudo isso que, nos tempos que correm, as bancas de vendas de plantas hortícolas (daquelas para plantação) são as mais concorridas. Não é que não especulem, mas assim como assim não somos todos os sábados vitimas da inflação. Nem da ganância.
3 – É por estas e por outras que a agricultura da crise constitui uma actividade cada vez mais relevante. Pelo menos enquanto não aparecer uma qualquer Susana Peralta desta vida a exigir a aplicação do IVA ao auto consumo no âmbito horticultura. Ou a inventar um imposto patético que vise corrigir a “lotaria do quintal”...