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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Arrenda-se...

Kruzes Kanhoto, 10.07.24

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Vários meses depois do prazo inicialmente previsto – devido a peripécias mais ou menos rocambolescas que afectaram o empreiteiro – e incontáveis horas de trabalho dos malandros dos proprietários, a obra está finalmente pronta e a casa colocada no mercado de arrendamento. Acaba-se, assim, a agricultura da crise na sua vertente realmente significativa. Daqui para a frente apenas no quintal de casa o que, como dizia o outro, são peanuts.

Trata-se de uma vivenda com cento e vinte metros de área coberta, a cerca de três quilómetros de Estremoz, com dois quartos, sala com lareira, garagem, sótão, furo, pequeno tanque para rega, poço, árvores de fruto e um quintal – o tal da agricultura da crise – com noventa metros quadrados. Tudo por oitocentos euros por mês. Uma renda altamente especulativa e manifestamente exagerada, dizem-me. Algo impossível de pagar para quem ganha o salário mínimo e que justifica a sua completa destruição por parte do futuro inquilino, acrescentam outros. Concordo com todos, excepto na parte do vandalismo. Recordo, no entanto, que há apartamentos T1, com cinquenta metros quadrados, arrendados por seiscentos euros no centro da cidade. Já quanto a isso do salário mínimo, não é, obviamente, cena que entre nas minhas preocupações. Quem ganha isso – ou mesmo que ganhe muito mais – terá sempre de procurar uma casa que possa pagar. Para os que não podem e que insistem em me aborrecer, tenho uma tenda onde cabem três pessoas que lhes posso vender por tuta e meia. A pronto.

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Concordo, reitero, com a exorbitância do preço. Mas os custos da recuperação não foram menos exorbitantes e o Estado vai abotoar-se com o igualmente exorbitante montante de vinte e oito por cento do valor da renda. Serão, no caso, duzentos e vinte e quatro para o Estado e quinhentos e setenta e seis para mim. Mas disso, que constitui quase em terço, ninguém se queixa. Pudera. São coisas que, desconfio, as capacidades intelectuais das “criadoras de conteúdos” armadas em opinadeiras, não permitirão entender. 

Especulações

Kruzes Kanhoto, 28.12.21

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Diz que existe uma crise qualquer no sector da habitação. Parece que não há casas disponíveis para arrendar, ou lá o que é. A culpa, como não podia deixar de ser, é do Passos. Consta que foi na sequência da chamada “Lei Cristas” que a desgraça se instalou. Daí para cá arrendar uma casa num sitio jeitoso constitui um suplicio financeiro, garantem os entendidos no assunto.

Por mim, que não percebo nada de imobiliário, limito-me a citar a minha avó. Nem todos podem morar na praça, dizia a velhota. Ou então, acrescento eu, há que fazer opções. Sacrifícios, como se dizia noutros tempos. Mas isso, receio, é um conceito desconhecido para a esmagadora maioria. Do que lhes sobeja conhecimento é acerca das soluções para o alegado problema habitacional. Passam todas por “proibir”, “limitar”, “impedir” ou “penalizar” os legítimos proprietários e por o Estado facilitar tudo e mais alguma aos aspirantes a inquilino.

Soluções como a da imagem que acompanha este post agradarão a muitos. Mas isso ainda que com outro nome, não sei se o pagode se lembra, era mais ou menos o que existia antes da tal lei do tempo do Passos. Provavelmente também já ninguém se recordará que, até então, os centros das cidades estavam a cair aos pedaços. Como, de resto, ainda estão na generalidade das localidades do interior, onde não há gente que possa rentabilizar a recuperação desses imóveis. Nem gente, nem Robles. Mas isto, claro, sou só eu a especular.

Esperança num "produto" melhor...

Kruzes Kanhoto, 16.09.16

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Hesito quanto a isso da esperança começar em qualquer coisa que envolva o Bloco de Esquerda. Pelo contrário. Nem a esmagadora maioria de quem quem votou naquilo tem qualquer tipo de esperança. Foi, apenas e só, um voto de protesto. Que tanto foi no Bloco como poderia ter sido, se por cá houvesse disso, num partido de extrema-direita.

Veja-se o caso deste novo imposto sobre o imobiliário anunciado pelos bloquistas. Vai, dizia ontem um dos proponentes, apenas abranger os muito ricos. Mas, acrescentava, permitirá baixar o IRS, aumentar as reformas e melhorar as prestações sociais. Tudo em simultâneo. Ora, das duas uma, ou há muito mais ricos do que aquilo que se supõe ou o conceito de rico será uma coisa muito abrangente para os ideólogos desta parvoíce. Há, ainda, uma terceira hipótese que não deve ser excluída. Estarem a pôr pouco tabaco naquilo que andam a fumar...

Nacionalize-se o património!

Kruzes Kanhoto, 22.04.16

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 A geringonça garante que, aconteça o que acontecer, não corta nos vencimentos nem nas pensões. Nem sobe o IVA. E continua determinada em baixar a taxa aplicável à restauração. Tudo isto são, há que reconhece-lo, boas intenções. Mas valem o que valem. E, perante o turbilhão de despesa que esta malta promete fazer, valem muito pouco.

Para fazer a quadratura deste circulo a ideia será subir, entre outros, o imposto sobre as heranças e o património imobiliário. Nomeadamente, quanto a este último, o que não é colocado no mercado de arrendamento. Popular, esta medida. A maralha gosta. Mas, se analisarmos a coisa mais a fundo, de uma enorme injustiça. É só esperar pela aplicação prática desta tonteria. Quando nos calhar em sorte perceberemos o alcance e a estupidez da coisa.

Alguém que explique a todos os geringonço-maníacos entusiasmados com a ideia que, quando os papás quinarem, herdam a casinha dos progenitores mas podem não herdar o dinheiro suficiente para pagar o imposto. E quanto aos imóveis fechados, que a troika de esquerda pretender taxar, o melhor é o governo ir arranjando quem esteja interessado em os alugar. Caso contrário o Estado e as Câmaras Municipais não terão mãos a medir para aceitar tanta doação...