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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

As rainhas da bicharada

Kruzes Kanhoto, 20.02.24

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Ainda me lembro de quando era proibido alimentar animais errantes. Ou vadios, vá. Agora, provavelmente em consequência da vadiagem que há por aí, pelos vistos já não é. Ou, se é, ninguém se importa. Nem exporta. Daí que umas quantas malucas tenham como desígnio de vida dar comida à bicharada desvalida. E à outra, também. Que elas não são esquisitas. Não raramente até alimentam os cães e gatos que estão nos quintais e jardins dos respectivos donos. Acharão, se calhar, que os bichos estão desnutridos. É doida, esta gente. Estou muito longe de perceber o que as leva a adoptar este comportamento, mas coisa boa não será, certamente. Deve ser mais uma daquelas situações para as quais o SNS não tem resposta.

Ide mas é pinar, ou isso.

Kruzes Kanhoto, 24.10.23

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Malucas. O meu bairro está cheio de malucas. Não sei que outro nome dê às gajas – sim, que esta maluqueira pelos animais afecta principalmente as gajas – que alimentam os gatos vadios que por aqui vão aparecendo. Não tenho nada contra que aquelas fulanas matem a fome ao bicho. Podiam – e deviam – era fazer isso no recôndito do seu lar. Aí não incomodavam ninguém nem eu lhes chamava nomes. Alimentá-los na rua leva a que os bichanos vagueiem pelas imediações e, como lhes fica mesmo à mão, vão tratar de aliviar a tripa ao meu quintal. O que é uma coisa que me aborrece. Não gosto, estou farto de recolher merda de gato e,  principalmente, não tenho de aturar as consequências dos comportamentos desviantes daquelas senhoras. Podiam, já que pelos vistos lhes sobra tempo, fazer outras cenas menos incomodativas. Ir dar pinotes para a academia sénior, ou isso.

Finórios e a gata finada

Kruzes Kanhoto, 10.09.23

1- Subtrair cinco mil euros a quem tem um rendimento médio e distribuir mil euros por cinco indivíduos que ganham – ou declaram – o salário mínimo, apesar do SMN ser cada vez mais próximo do mediano, pode fazer perder um voto mas faz ganhar cinco. Há quem lhe chame redistribuição da riqueza. Prefiro chamar-lhe “umas das formulas encontradas pelo partido socialista para se perpetuar no poder”. A outra, uma espécie de plano B, é o Chega. Perante tão refinada arte de governar será difícil encontrar oposição à altura.

2 - Pedir crédito para comprar carro é das piores decisões, a nível financeiro, que podemos tomar. Ainda assim, nos ultimos meses, os portugueses pediram emprestados aos bancos sete milhões de euros. Por dia. Para além de não sabermos fazer contas, não gostamos de andar a pé e adoramos fazer figura de rico, que isto não é qualquer popó que nos serve. Para ajudar há também aquela coisa de, em grande parte do país, não existirem transportes públicos...

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3 – A Senhora Dona Gata desapareceu. Não é avistada já lá vão três dias. Terá, provavelmente, entregue a sua alma de gata ao criador. Partiu precocemente, coitada, pois ainda era uma jovem bichana. Teria, talvez, uns cinco ou seis anos. Perdeu seis vidas e meia, a infeliz.

Pinocada inconsequente

Kruzes Kanhoto, 08.06.23

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Afinal as noticias aqui adiantadas acerca de uma eventual gravidez da Senhora Dona Gata foram manifestamente exageradas. Deve andar a tomar a pílula às escondidas ou para aí fez uma IVG. Pelos vistos era só gordura. O que não admira, dado o seu apetite. Já aprendeu que apenas tem direito a comida para gato, pela qual é absolutamente louca, depois de esvaziar o prato.

Seja como for, a bichana anda outra vez toda assanhada. Aquilo é, como diria a minha avó, para o “muito e para o bem feito”. Bom, nesta última parte, esperemos que não e que tanta “pinocada” não tenha consequências.

Gatos, gansos e outras coincidências

Kruzes Kanhoto, 28.03.23

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1 - Uma desavergonhada a “Senhora Dona Gata”. Agora deu-lhe para isto. São gatos aos magotes de volta da bichana, tudo a “querer afogar o ganso”. Temo o pior, dado que a bicha não está a seguir nenhum programa de planeamento familiar e as hormonas felinas estão em manifesta agitação. Tem tudo para correr mal, aquilo.

2 – Quarenta e quatro artigos a que o governo PS retirou o IVA. Quarenta e quatro. Este número lembra-me qualquer coisa. Deve ser a quantidade de vezes que buzinei à passagem por um edifício branco ali à entrada de Évora.

3 – Eu cá não sou de intrigas nem, tão-pouco, adepto de teorias da conspiração. Ainda menos serei suspeito de ter qualquer espécie de simpatia pelo governo. Mas, assim de repente, deu-me para desconfiar que esta onda de manifestações, greves e protestos que se verificam em Portugal e no resto da Europa é coisa para ter o dedo do Putin. Basta ver quem lidera por cá estas movimentações.

Senhora Dona Gata

Kruzes Kanhoto, 10.12.22

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Hoje o destaque vai para a gata. A Senhora Dona Gata. Não tem outro nome. Só esse. E chega-lhe muito bem. Não entra em casa, dorme no alpendre dentro de um balde de tinta, come restos ou outra coisa que consiga caçar e não dá confiança a ninguém. Gosta de manter uma distância de segurança relativamente a toda a gente. Vive sozinha e não precisa de ninguém por perto para viver a sua vidinha. Uma gata à séria, em suma. Deve ser por isso que está gorda e luzidia...

A bicha independente

Kruzes Kanhoto, 17.06.22

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Gosto de gatos. Mais do que de cães, até. Não são de “salamaleques”, não obedecem a ordens, fazem o que muito bem lhes apetece sem passar cavaco a ninguém e não andam por aí a tentar agradar aos donos. Características que, nomeadamente esta última, admiro sobremaneira.

A esta gata não chega possuir todas estas qualidades. Abusa delas. Trato da bichana vai para dois anos – o que me confere o estatuto de dono, acho eu – mas, ainda assim, além de não se esforçar minimamente para me agradar nem me ligar peva nenhuma, bufa cada vez que vê alguém a uma distância que, suponho, constitua a sua margem minima de segurança.

O pior é que a desgraçada, apesar do mais que evidente sentido de independência, é manifestamente incapaz de se auto-sustentar. Que é como quem diz, se não lhe dou comida não come. O que, para um gato que vive no campo sem ter os donos por perto, não parece muito promissor. O raio da bicha nem um pardal ou um gafanhoto é capaz de caçar. Um bom exemplo de como ser independente é muito bonito, mas convém ter “unhas” para isso...

Terá sido a curiosidade que matou o gato?

Kruzes Kanhoto, 16.06.21

 

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Desconheço as circunstâncias em que o infeliz bichano terá ido parar ao contentor do lixo. Por iniciativa própria não foi, certamente. Mas, seja lá o que for que tenha provocado o seu falecimento, o lugar do cadáver não é ali. Poderá argumentar-se que, por cá, ainda não existe uma funerária para animais e, por consequência, não é possível realizar as cerimónias fúnebres mais adequadas. Tão-pouco há um cemitério para animais de companhia, onde os seus restos mortais possam descansar em paz e possibilite aos donos prestar-lhes uma última homenagem. Uma lacuna imperdoável, como é óbvio. Mais uma, entre as muitas de que nos podemos queixar. É o que dá, por um lado, a falta de empreendedores dinâmicos que explorem um nicho de mercado cada vez mais rentável e, por outro, a ausência de representatividade autárquica do PAN ou de outros amiguinhos da bicharada. Há que captar investimentos também para isto, pá!

Ataque químico

Kruzes Kanhoto, 26.03.21

 

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O que a imagem documenta, embora possa não parecer, é mesmo merda de gato. De algum bichano paneleiro, certamente, que a julgar pelo diâmetro da coisa deve ter o cu todo devassado. Cenas dos tempos modernos, é o que é.  Mas, para o caso, a desorientação sexual do bicho interesssa pouco. Nada, mesmo. O que me chateia é que cague no meu quintal. Claro que posso sempre seguir as soluções mais ou menos engenhosas que me sugerem e que, invariavelmente, envolvem o falecimento do invasor. Mas não quero. A morte do filho da puta do gato pouco resolveria, dado que o mais certo era os cabrões dos donos arranjarem outro. Prefiro alternativas mais fofinhas. Como, por exemplo, a via fiscal. Um imposto à séria sobre os chamados animais de companhia seria certamente muito mais eficaz, para além de civilizacionalmente mais adequado. Mesmo que esta tributação possa para uns quantos totós parecer uma ideia parva, de certeza que ainda assim é socialmente muito mais justa do que os impostos sobre a burguesia do teletrabalho ou sobre as heranças, que aquela economistazinha da treta anda por aí a defender.

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 20.02.21

 

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Cavar é das actividades que mais detesto. Manobrar uma enxada, picareta ou qualquer outro objecto destinado a revolver a terra desprovido de motor é das coisas que mais me desagrada e aborrece. Em simultâneo. Daí que estas maquinetas, mecânicas ou eléctricas, constituam uma inovação que muito me apraz. A melhor invenção desde a roda, quase.

Esta podia ser uma nova frente da agricultura da crise. Mas não. A praga de gatos que existe na zona desaconselha vivamente qualquer investimento nesse sentido. E agora, que aquilo está praticamente livre de ervas, é que vai ser cagar à vontadinha. Bem que os amiguinhos dessa bicheza os podiam levar para casa!