Ponde as barbas de molho...
É impressionante a condescendência com que a comunicação social e os especialistas especializados na especialidade da delinquência travestida de ativismo social analisam as desordens, protagonizadas por criminosos e outra escória, que por estes dias têm ocorrido em França. Quase me convencem que a criatura, cujo falecimento está na origem do inicio da confusão, era um santo. Sem ofensa, que o gaiato para além de marginal era muçulmano. Obviamente não acho bem que a policia o tenha abatido. O que acho espantoso é a coincidência que estas ocorrências, em França ou noutro qualquer lugar do mundo civilizado, envolvam sempre pessoas ligadas ao crime, trafico de droga e outras actividades lúdicas correlacionadas. Nunca, assim que me lembre, vi uma noticia a dar conta que a policia matou alguém que regressava do trabalho.
A forma de protesto escolhida também não suscita aos ditos especialistas uma critica especialmente convincente. Parecem, até, olhar com benevolência para os tumultos. Deitar fogo a autocarros, bibliotecas, câmaras municipais ou residências com famílias lá dentro não se lhes afigura, a julgar pela apreciações que fazem, algo de particularmente grave. Pilhagens a lojas de luxo e a stands de viatura de gama alta, parecem também um protesto legitimo. Mas, quase todos, ofendem-se com uns cartazes mal-enjorcados a retratar o Costa. Ou seja, para esta gente a liberdade de roubar, pilhar e vandalizar é muito mais valorizável do que a de criticar. Ou, mas isso sou eu a especular, para eles a ilicitude depende da cor da pele e da religião professada pelos intervenientes.
Segundo alguns uma guerra civil em França será apenas uma questão de tempo. Oxalá estejam enganados. O Maio de sessenta e oito acabou quando a generalidade dos franceses se fartou das maluquices de então. Veremos, desta vez, o que acontece quando a população se fartar destes comportamentos, cada vez mais frequentes, e começar a defender o que é seu. Seja a propriedade, a tranquilidade ou o modo de vida.