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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Pior que o futuro lembrar o passado é o presente fazer temer o futuro...

Kruzes Kanhoto, 03.07.22

Aquele cromo do PS - cujo nome agora não me ocorre mas, dizem, é extremamente proactivo a arranjar empregos na administração pública para familiares e correligionários – lembrar o que foram as políticas da troika e a sugerir que é isso que espera os portugueses caso, um dia, escolham o agora eleito presidente do PSD é, para ser simpático, próprio de um indigente mental.

O homem fez parte da camarilha que faliu o país. Sabe – ou se não sabe ainda é mais grave – que caso o Passos Coelho não tivesse feito o favor ao PS de chumbar o PEC IV, teria sido o seu partido a aplicar as mesmíssimas medidas e, mesmo assim, ainda tem o topete de atacar quem limpou a merda feita pela tropa fandanga onde se inclui.

Acenar com o papão dos cortes e associar o futuro do PSD ao período de intervenção da Troika é intelectualmente desonesto e apenas pode assustar os intelectos mais débeis. Nomeadamente aqueles que não se lembram de quem estava no governo nem das medidas que, em 1983, Mário Soares teve de adoptar. Mas, numa coisa, o homem tem razão. Em futuras eleições é de evitar o voto no PSD. Na próxima bancarrota – não é uma questão de se, é de quando - o PS que limpe a porcaria. Fazer a limpeza em democracia, como fez Passos Coelho, é uma chatice. Em ditadura é facílimo e o PS tem lá um gajo bom para isso. Pedro Nuno Santos.

Já agora fiquem com tudo...

Kruzes Kanhoto, 08.04.21

Impostos, impostos e mais impostos. Agora é o FMI a sugerir um aumento de impostos sobre os ricos, as empresas, as heranças, a propriedade e o que mais calhar. A ideia parece reunir um consenso bastante alargado entre os especialistas da especialidade, os invejosos e todos aqueles que procuram meter a mão na massa alheia. Basta ver as reacções, em artigos de opinião ou nas redes sociais, para se perceber o entusiasmo que a ideia suscitou. Por mim estou contra. E não me importo nada se for o único a pensar assim. Primeiro porque impostos para além do razoável – como é o caso português – causam-me brotoeja, depois porque o conceito de rico é, por cá, muito elástico e, finalmente, faz-me confusão que poucos percebam que aumentar impostos não é garantia de crescimento da receita fiscal. Nisto nada melhor do que lembrar a novela que envolveu a falhada contratação do Cavani pelo Benfica. O homem não veio para o glorioso por não ser do seu agrado que as finanças lhe roubassem metade do ordenado. Se o furto se ficasse “apenas”, vá, por dez ou vinte por cento talvez o gajo por cá andasse aos chutos à bola. Assim, como quem tudo quer tudo perde, nem o Benfica é campeão nem o fisco recebe um tostão.

Corta, corta!

Kruzes Kanhoto, 22.09.16

O FMI quer, ao que parece, que o governo volte a cortar os vencimentos da função pública. Novecentos milhões, consta. O que, presumo, deve ser dinheiro como o caraças. Por mim, e ao contrário das indignações que já li, acho muito bem. Por várias razões. Umas escuso das enumerar. Não me apetece. Outras são por de mais óbvias. Que se cortem, pois, os vencimentos dos funcionários públicos. Talvez assim se arranje margem para acolher no Orçamento, a baixa do IVA na restauração, o aumento das reformas, das prestações sociais, dos livros grátis, dos bónus aos militares e policias, da contrapartida nacional no Portugal 2020, dos desvarios que aí vêm para garantir a reeleição nas autárquicas, do aumento do salário mínimo e do IAS e das milhentas outras ideias que brotam dos cérebros da geringonça...