Uma questão de papel
Muito papel – de boa qualidade, diga-se – já me deram nestas autárquicas. Mais no que em eventos análogos realizados anteriormente, acho eu assim à primeira vista. Deve ser pela quantidade de candidatos. É que, sem ofensa para ninguém muito menos para os candidatos, são sete cães a um osso. Daqueles que apetece chupar até ao tutano, ao que parece. Tanto assim é que quem o tem abocanhado faz o que pode para o manter entre os dentes.
Mas, dizia eu, isto é papel até mais não. Sem necessidade. Excepto, quiçá, para os colecionadores. Se é que os há. Embora entre a vizinhança haja quem garanta que é material do bom para forrar o balde do lixo. Nomeadamente agora, que o plástico começa a rarear. De resto, quem lê um lê todos. É que isto nem promessas de jeito temos para apreciar. Eu já nem digo o teleférico do Rossio até ao Castelo, o centro de acolhimento a investidores de outros planetas ou mais um investimento chinês qualquer. Contentava-me que alguém se propusesse abdicar da totalidade do IRS que cabe à autarquia. Menos de quinhentos mil euros em mais de vinte milhões – dados oficiais publicados no site do município – não devem fazer assim tanta diferença. Um presidente ganha isso em dez anos...