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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Falta muito para começar a tratar a ministra da saúde por Drª Morte?

Kruzes Kanhoto, 12.02.19

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Não possuo poderes adivinhatórios. Bem que gostava, mas não. Mesmo em matéria de prognósticos - seja qual for o evento a prognosticar - a minha perspicácia revela-se de uma ineficácia confrangedora. Mas, uma vez por outra, faço previsões mais ou menos certeiras. É o caso da bagunça que se vive actualmente no sector da saúde. Não era difícil prever o presente cenário. Estava na cara que, depois da educação, a saúde constituía um dos pontos seguintes na agenda ideológica da esquerdalha-geringonciga.

O objectivo dos javardolas que nos governam é que o Estado deixe de contratualizar serviços de saúde com entidades privadas. Como se o SNS pudesse dar resposta, por si só, às necessidades de todos os portugueses. Não dá agora nem dará nunca. É humana, física e financeiramente impossível. Ou, então, voltamos ao tempo em que o médico olhava para o paciente, passava a receita e não havia cá essa mariquice de meios auxiliares de diagnóstico. Esta cena da ADSE é, apenas, mais uma etapa. Outras se seguirão. O caminho para o socialismo fará as suas vitimas – os mais pobres, principalmente – mas no final o esquerdume garantirá que o sol brilhará para todos nós. Mesmo que ilumine uma sociedade miserável.

Decisão economicista?! Mas alguém acreditou que era?!

Kruzes Kanhoto, 12.06.16

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Claro que não é uma questão economicista. Nem de poupança do dinheiro dos contribuintes. É, apenas, uma questão ideológica segundo a qual o Estado deve prestar determinado serviço, mesmo que ele tenha um custo muito mais elevado do que prestado por privados. Para a geringonça não importa quanto o Estado gasta ou deixa de gastar. Quando não tiver dinheiro aumenta os impostos.

Depois da guerra da educação, virá a da saúde. Que, diga-se, já se anuncia. É, do ponto de vista dos geringonços, uma parvoíce que o Estado pague as minhas análises, feitas numa das cinco ou seis clínicas cá da terra, se tenho o Centro de Saúde ali mesmo à mão a prestar o mesmíssimo serviço.

E por falar em Centro de Saúde. Não se percebe igualmente a necessidade do recurso a uma empresa de segurança privada para vigiar as instalações quando, num raio de trezentos metros, existe uma esquadra da PSP, um posto da GNR e, se não chegar, um quartel do exército. 

Também há escolas públicas a mais...

Kruzes Kanhoto, 29.05.16

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Acho muita piada à indignação que por aí corre contra o financiamento público ao ensino privado. A sério. Valorizo muito que as pessoas se indignem contra o desperdício – como é o caso – do dinheiro público, espanta-me é a selectividade com que o fazem. Surpreende-me que não demonstrem igual relutância em relação ao financiamento do Estado ao cinema, por exemplo. Quem quiser fazer filmes que os pague, acho eu. Ou à música. Sim, quem quiser assistir a espectáculos musicais que vá ver os que são promovidos pelas entidades privadas, que o Estado não tem nada de andar a dar música ao pessoal.

Mesmo no campo da educação pública também há muito por onde o pagode se indignar. A construção de escolas que foi, como dizia a outra, uma festa. Um festim, para uns quantos. Ou será que ninguém conhece exemplos de Municípios onde foram construídas três ou mais escolas, esturrando dezenas de milhões de euros, para alunos que cabiam todos numa só?!