Discriminação no âmbito do confinamento
A proposta de André Ventura de promover um confinamento especial para os ciganos é, convenhamos, uma palermice. O que não admira, vinda de onde vem. Já a resposta do futebolista cigano – que, se calhar, alguém deve ter escrito por ele – diz, foi muito bem dada. Diz, que eu não perco tempo com discursos de ódio, venham eles de onde vierem. O que julgo saber é que o jogador da bola em questão já terá tido, ao longo da vida, mais problemas com a policia do que o outro sujeito. Estão bem um para o outro, portanto.
Mas, ainda quanto a confinamentos, anda uma cena a moer-me o sentido relativamente a esta polémica. É que estou farto de ver gente indignada com a proposta – parva, reitero – de confinar os ciganos. Mas, assim de repente, tenho a impressão que ninguém se tem importado muito com o confinamento dos velhos que estão nos lares. Nem mesmo quando alguém sugeriu que todos os velhotes fossem confinados até ao final do ano, houve tamanho alarido. Se calhar isto, para além de andar tudo ligado, está também cheio de velhofobicos. Ou, como sugere o meu corrector ortográfico, de velhacos.