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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Fixação pela fixação de preços...

Kruzes Kanhoto, 21.09.23

As pessoas andam esquisitas. Deve ser alguma coisa que anda no "astro", como diria a minha avó, que no tempo dela ainda não havia essas cenas das alterações climáticas. Reclamam por tudo e por nada, as pessoinhas. Agora dá-lhes para exigir que o governo fixe os preços de tudo o que se compra e vende. Sejam os combustíveis, as rendas das casas, os alimentos e o mais que achem demasiado caro. Qualquer coisa serve para reivindicar o tabelamento administrativo de preços à boa maneira marxista. Já esqueceram, ou provavelmente nunca souberam, o belo resultado a que essa prática conduziu nos países onde essas ideias parvas foram experimentadas.

A parvoíce está a ficar de tal forma preocupante que um dia destes, numa das minhas raras visitas a uma loja de chineses, deparei-me com uma velhota a exigir ao comerciante, de forma veemente e pouco educada, a devolução de três euros. Isto porque tinha acabado de encontrar noutra loja uma bengala três euros mais barata do que aquela que ali adquirira uns dias antes. E nem valia a pena o desgraçado do chinês tentar explicar-lhe que o preço do apetrecho em causa pode variar de loja para loja. Nada a demovia. Queria o graveto de volta e pronto. Não fiquei para assistir ao desfecho do conflito. Desconfio que, só para não aturar a mulher, o comerciante lhe tenha devolvido o dinheiro. Era o que eu faria, acrescentando a dispensa de voltar a cruzar a porta do estabelecimento.

A coitada da senhora até pode ser merecedora de alguma tolerância, dada a sua provecta idade. Mas só por isso. É que já não se deve lembrar do tempo em que até o preço do bacalhau que não havia era fixado pelo Estado.

Chinês com fezada

Kruzes Kanhoto, 07.02.17

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Não estou a ver, assim de repente, motivo para tanto alarido por causa da aposta de cem mil euros na derrota no Rio Ave na sua deslocação à casa do Feirense. Eu próprio apostei como os de Vila do Conde iam perder. Um pouco menos que o tal chinês, é certo. Mas isso sou que, para além de apostador muito moderado, não frequento aqueles lugares tão próximos do local onde está sediado o clube contra o qual apostei. Nem, por isso mesmo, conheço – sequer de vista – ninguém ligado à agremiação vilacondense que me pudesse informar do estado anímico dos atletas para jogar à noite, ao frio, no campo do adversário ou se havia muitos jogadores constipados.
Tudo informações a que – diga-se – não sei se o chinês teve ou não acesso. Mas, estando ali mesmo ao lado, é natural que possa ter tido. O que, obviamente, nada tem de mal. São, como sabe que analisa estes assuntos, pormenores de uma importância extrema no momento de apostar e, mais ainda, quando a bola começa rolar. Ou então – e certamente terá sido – foi apenas uma questão de fé. Muita. E, nestas coisas da fé, cada um acredita no que quer.