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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Usar capachinho é gozar com os carecas?

Kruzes Kanhoto, 20.09.19

Esta parvoíce que se passa agora no Canadá, com aquela história do Trudeau se ter mascarado de preto, não é nada de surpreendente. Pelo contrário. Já era de esperar. E é até muito bem feito que lhe tenha calhado a ele. Afinal o gajo anda há anos a estimular e a pregar o politicamente correcto. Não é, por isso, de estranhar. Está apenas a provar da sua própria idiotice.

Há uns tempos atrás, nomeadamente pelo Carnaval, abordei aqui o assunto. Foi na sequência de uns patetas terem tentado armar um escândalo por causa de miúdos mascarados de africano. Profetizei, então, que isso do Entrudo teria os dias contados. Não devo ter errado muito. Não tardará, homens - excepto se forem larilas - travestidos de mulher, foliões disfarçados de ciganos ou seja lá o que calhe a atravessar-se nas mentes retorcidas dos novos guardiões da nova moral e modernos costumes, serão banidos dos corsos carnavalescos sob a acusações de racismo, xenofobia ou o do que calhe. A mim, quando acontecer, não me surpreenderá. O que me surpreende já hoje é que aceitemos tudo isso. Espanta-me quase tanto como o facto desses novos inquisidores ainda terem dentes.

Carnaval censurado

Kruzes Kanhoto, 06.03.19

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A extrema esquerda anda à solta e não se coíbe de mostrar os dentes. Daí a morder vai ser um pequeno passo. Agora é o carnaval a suscitar o ódio e o preconceito daqueles malucos extremistas. Para aqueles doidos um grupo de fedelhos mascarados de africanos constitui uma espécie de blasfémia. Ou pior, sei lá.

Por este caminho não tardará o dia em que o Entrudo acabe por ser proibido. A adoptar-se o pensamento destes loucos, a menos que o pessoal vá nu, tudo o que é máscara será entendido como discriminatório para alguém. Ou, pior, ainda proíbem o riso. Não vão os desdentados sentir-se discriminados.

Presumo que a “máscara” documentada na imagem que ilustra o post – de minha autoria e obtida num carnaval cá do burgo – constitua, de acordo com os censores do politicamente correcto, um comportamento destinado a promover o estereotipo do alentejano. Altamente condenável, portanto.

Aqui há gato...

Kruzes Kanhoto, 11.02.18

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Da ausência de sátira no Carnaval cá da terra já nem digo nada. É normal. Afinal, tanto por cá como no país, corre tudo tão bem, mas tão bem, mas mesmo tão bem que não se justifica qualquer espécie de sarcasmo, zombaria ou jocosidade.

Quanto à inexistência de gajas nuas, este ano, não me atrevo a reclamar. Está frio, caem uns borrifos e, por isso, percebe-se que as moçoilas não queiram apanhar um resfriado. Seria uma chatice.

Daí que o prémio “KK” para melhor folião vá para este bichano. Não satiriza ninguém, não se quer molhar e faz os possíveis para que não lhe apertem o rabo...

Percebe-se a ideia...

Kruzes Kanhoto, 28.02.17

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Compreendo que aquela parte das gajas nuas não entre nos corsos carnavalescos cá da zona. Está fresquinho e as moçoilas não estão para apanhar um resfriado. Seria um aborrecimento. Daí que não se desnudem e deixem isso para, digamos, outros carnavais.

Já quanto à sátira, ou falta dela, percebo um bocadinho menos. Embora um espectador atento cujo nome não será aqui revelado tenha, num momento de rara sagacidade e inusitada perspicácia, descortinado neste dinossauro uma subtil referência satírica. Pois, espectador atento cujo nome não será aqui revelado, assim de repente, não estou a topar. O pessoal não é dessas coisas. É mais destas.

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A sério?! Até o Carnaval incomoda esta gente?!

Kruzes Kanhoto, 31.01.17

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Os portugueses perderam o sentido de humor. E, de caminho pois um mal nunca vem só, o do ridículo. Ou, hipótese igualmente a não descartar, estão a ficar parvos. Já não aceitam uma piadola, um dichote ou uma brincadeira inocente. Nem no Carnaval. Isto, pasme-me, apesar de reclamarem pela terça feira do dito não ser feriado.

Hoje, vá lá saber-se porquê, aborreceram-se e trataram de derramar indignação nas redes sociais por causa daquela empresa que comercializa uma fantasia carnavalesca a que deu o nome de “fato de refugiado”. Outros, ainda que em menor número, também não apreciaram que, no mesmo site, estivesse à venda uma burka sexy. Pode constituir uma ofensa para os muçulmanos, justificam. Porra pá, deixem mas é de ser parvos. A continuar assim, o melhor é acabar com o Carnaval, vamos todos trabalhar nesse dia e as autarquias poupam uma pipa de massa com a organização das festividades. É que isto, se entrarmos por essa coisa das ofensas, ninguém pode sair à rua mascarado seja do que for. Presumo, por isso, que imagens como a que ilustra este post em breve deixarão de ser vistas nos nossos desfiles. Algum idiota se há-de queixar de uma potencial ofensa. E depois ainda me dizem que não vivemos numa ditadura...

 

Auto-mutilação. Deve ser isso.

Kruzes Kanhoto, 10.02.16

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No meu dicionário espetador é aquele que espeta. Não faço outra interpretação da coisa e - como se repete até à exaustão por esses carnavais tão tipicamente portugueses - daqui não saio, daqui ninguém me tira.

Mesmo sem perceber patavina de touradas, acho – não é que tenha bem a certeza, é mais uma suspeita – que espetadores são os gajos, em regra vestidos com uma fatiota amaricada, que espetam uns objectos pontiagudos no lombo dos bois. Ora isto deve requerer uma certa coragem. Não será para qualquer um. Muito menos para gente sensível ao ponto de ficar com a “suscetibilidade” ferida. Cuidava eu que nestas andanças, se tudo corresse dentro da normalidade, os únicos a ficarem feridos eram os bichos. Mas isso era dantes. Quando se escrevia como deve ser.