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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

E invadir um ministério e sovar o ministro, será preocupante?

Kruzes Kanhoto, 03.11.19

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Invadir o que calhar e malhar seja em quem for, nomeadamente quando as coisas não nos correm de feição, não é nada de mais. Qualquer um o faz. Quem nunca o fez dê o primeiro murro. Entrar em quartéis de bombeiros – ainda para mais voluntários – e chegar a roupa ao pêlo aos que lá estão a trabalhar em prol da segurança dos outros, parece-me um dos mais inalienáveis direitos adquiridos de cada um de nós. Convenhamos que os soldados da paz estavam mesmo a pedi-las. Estivessem em casa, em lugar de estarem para ali a voluntariar-se, e nada disto lhes acontecia.

Razão tem o nosso querido ministro Cabrito. Isto não tem importância nenhuma. Importante, mas importante mesmo à séria, é prejudicar o sossego dos cães da família do sôr ministro que, coitados, se sentiam incomodados com a presença dos Gnr’s que guardavam o coirão do governante Cabrito. Isso é que é preocupante. Agora cá bombeiros untados…

Também não percebo a insistência daqueles que nas redes sociais insistem em afirmar que foram os ciganos. Já a comunicação social – e muito bem – refere apenas que foram pessoas. Nada como noticiar com base nos factos. E o facto é que ninguém terá lido o chip aos atacantes.

Aquilo da integração, ou lá o que é, é só para receber?

Kruzes Kanhoto, 23.07.17

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Queixam-se aqueles que consideram Portugal um país ainda com um longo caminho a percorrer no que diz respeito à eliminação do racismo, xenofobia e outras ideias igualmente discriminatórias da falta, por exemplo, de apresentadores de televisão e “opinion makers” pretos ou ciganos. Têm toda a razão. Eu também me queixo. Não disso, porque idiotas nas televisões e nos jornais já sobram, mas de noutras actividades, daquelas realmente úteis, não encontrar negros nem ciganos. Para não ir mais longe fico-me aqui pela terrinha. Apesar das largas centenas de ciganos que cá habitam, nem um – alguém que me corrija se estiver enganado – é bombeiro voluntário. Porque (não) será?

Liberdade de expressão?! Sim, desde que se siga a retórica vigente!

Kruzes Kanhoto, 03.08.16

A liberdade de expressão, como dizia o outro acerca do fair-play no futebol, é uma treta. Compreendo, por isso, as extremas cautelas dos jornalistas quando noticiam casos como os que envolveram os bombeiros de Campo Maior. Os intelectualoides impuseram as suas ideias, a sua visão do mundo e quem divergir do pensamento único vigente sofre as consequências. Tal como numa ditadura. Mas, como quase sempre, a emenda é pior que o soneto. E, pelo menos por cá que não temos bandos de outra natureza, sempre que surgem relatos de desacatos envolvendo grupos mais ou menos numerosos ninguém tem dúvidas acerca da sua origem. Mesmo que, uma ou outra rara vez, as suspeitas se revelem infundadas.

Bem lixado estará o comentador televisivo que teve a honestidade de dizer, em directo e sem possibilidade de ser censurado, o que toda a gente normal pensa mas que não diz por receio das consequências. Vindas não dos visados que, na maioria das circunstâncias, até são os primeiros a reconhecer a veracidade das declarações. O medo que todos sentem é da polícia dos costumes, das milícias do politicamente correcto e dos terroristas que nos querem impor o pensamento único e estandardizado.

Mas, há que reconhecer, o homem foi parvo. Bastava-lhe ter dito que o quartel tinha sido invadido por alentejanos, avessos ao trabalho, que acordaram mal-dispostos após a longa e habitual sesta. Evitava uma série de chatices e teria sido uma risota.

Incendiários...

Kruzes Kanhoto, 08.06.15

Com a chegada do Verão volta a lengalenga da limpeza dos terrenos e dos proprietários – esses patifes - que não os limpam convenientemente. Ou não os limpam, de todo. Esquecem-se é que muitas propriedades pertencem a pessoas idosas. Quase todas sem condições físicas para os limpar e sem recursos financeiros para o mandar fazer. Sim, porque a limpeza paga-se. Por mais estranho que esse conceito possa parecer a certos opinadores. E, para os que não sabem, é cara. Muito cara. Demais para o rendimento que se obtém da terra, da reforma ou de um ordenado médio. A menos que se tenha a sorte de ser a Câmara lá do sitio a encarregar-se do servicinho. Como, alegadamente, farão algumas Câmaras do norte a certos terrenos privados.