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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Sejam sábios, mantenham-se burros...

Kruzes Kanhoto, 30.12.23

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Como referi num post abaixo a esquerda não aprecia essa cena da literacia financeira. Não lhe dá jeito e percebe-se porquê. Os argumentos que usam para justificar as suas posições acerca do assunto é que podiam ser melhorzinhos. Estes, do BE, estão ao nível do anedótico. “Altos níveis de literacia financeira tendem a corresponder a decisões financeiras irresponsáveis”, garante um cartaz daquela agremiação política. Apetecia-me, só por piadola, fazer uma analogia com a educação sexual que o BE tanto se tem esforçado – e bem – por implementar no sistema de ensino. Mas não. Se calhar, dizer que quanto maior “literacia” existir nesse domínio maior a probabilidade de assumir comportamentos de risco, era capaz de ser demasiado parvo e aproximar-me perigosamente das posições do Bloco de Esquerda.

Para as ditaduras e para os aspirantes a ditadores, saber ler é muito perigoso. Entender alguma coisa destas matérias financeiras, ainda mais. É muito melhor manter a população viciada em raspadinhas, sem saber interpretar um recibo de vencimento e sem perceber os impostos que paga. Especialmente aquela parte que constitui a sua potencial base eleitoral. Mantê-los na ignorância evita que tomem decisões financeiras irresponsáveis.

Terão sido "desperdidos"?

Kruzes Kanhoto, 30.08.22

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O patronato capitalista, malvado e causador de todo o mal, despede trabalhadores quando pretende reduzir a massa salarial. Disso – e bem – nos dá conta a comunicação social, que a malta precisa estar informada acerca das manigâncias que esses patifórios andam por aí a fazer a quem trabalha.

Já o Bloco de Esquerda, mesmo quando vê as suas receitas descerem drasticamente, não despede ninguém. Nada disso. Apenas perde funcionários. O que, como toda a gente sabe, é algo completamente diferente.

E é assim o país, segundo a comunicação social que somos forçados a aturar. Depois ainda há quem se admire de serem cada vez menos os que lêem jornais.

Extremismos, populismos e outras inquietações

Kruzes Kanhoto, 27.05.19

Ainda que tenha o maior respeito pelas opções políticas de cada qual e, naturalmente, ache que os resultados eleitorais são sempre para respeitar, tenho manifesta dificuldade em perceber o que leva alguém, com o mínimo de clarividência intelectual, a votar em organizações manhosas – nem merecem o nome de partidos – como o Bloco de Esquerda ou o PAN.

O primeiro, mais do que ideologia ou apresentar um modelo de sociedade, dedica-se a causas. As da moda, nomeadamente. Tem boa imprensa, lideres com discurso fluido e populista, jeitosas algumas e, com isso, consegue arregimentar parte significativa dos eleitores desiludidos dos restantes partidos. Como, para citar um caso conhecido, um ex-agente da PIDE recentemente falecido que nos últimos anos de vida votava sempre no BE. Sintomático.

Quanto ao segundo – o PAN - faltam-me as palavras e sobra-me a inquietação. É gente extremista, ignorante e, estranhamente, capaz de atemorizar tudo e todos. Perigosa, em suma. Daí que colocar os capitães Tofu e os doutores Javali desta vida em lugares de decisão é coisa que não augura nada de bom.

A propósito: Como é que se designam os apoiantes do PAN? Panascas? Panilhas? Paneleiros? Lá está...só inquietações!

E o assédio eleitoral, também conta?

Kruzes Kanhoto, 14.04.19

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Não sei se constitui motivo para me preocupar mas, de vez em quando, dou por mim a concordar com as propostas do Bloco de Esquerda. Agora é com aquilo da Lei Laboral, ou lá o que é. Nomeadamente umas quantas disposições da dita legislação que o maior partido extremista português quer ver alteradas. Agrada-me sobremaneira aquela ideia de considerar assédio os contactos entre a entidade patronal e o empregado – colaborador, vá – fora do horário de trabalho. A ser implementada esta norma, este pagode deixava de poder ir às televisões dizer baboseiras após a hora de saída do parlamento. Sim, que os patrões deles somos nós e não temos nada que andar a ser incomodados com o que os empregados que pusemos na Assembleia da República acham disto ou daquilo fora horário laboral e do respectivo local de trabalho.

A demagogia do costume

Kruzes Kanhoto, 05.06.17

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Há qualquer coisa nessa polémica dos estagiários do Pingo Doce que se me está a escapar. Assim de repente não estou a ver questiúncula que justifique o alarido armado por aquele deputado esquisito do Bloco de Estrume. Nem, a bem dizer, consigo perceber as contas dele. Quinhentos euros limpos e dez horas de trabalho, incluindo duas de pausa para refeiçoar, é o que recebem e o horário cumprem grande parte dos trabalhadores do privado. Das duas uma. Ou o coisinho não sabe fazer contas – o gajinho é de letras, não admira que os números o baralhem – ou então nem sequer sabe o valor do salário mínimo nacional, nem qual é o horário normal de trabalho. O que, diga-se, não surpreende. Nunca deve ter vivido com um ou cumprido o outro. É nestas alturas que gosto de citar Jerónimo de Sousa: “Ele sabe lá o que é a vida”. Embora, para ser deputado, não precise de saber.


Je suis Bloco de Esquerda

Kruzes Kanhoto, 26.02.16

 

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Verdade. Suis mesmo. Não que me tenha convertido às tontices daquele conjunto de grupelhos esquerdistas ou deixado seduzir pelas falinhas mansas das Mortáguas e da putativa primeira-ministra mas, tão só, por achar que aqueles badamecos têm toda a liberdade para esparvoar como muito bem lhes apetecer. Por mais provocatória que seja a sua vontade. Apenas uma coisa me desagrada. É, digamos, uma coisinha de nada. Tem a ver com o facto de marrarem sempre para o mesmo lado. De vez em quando podiam variar. Assim tipo mencionarem o Maomé, sei lá…

Alguém que lhe diga para pôr mais tabaco naquilo...

Kruzes Kanhoto, 21.10.15

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Ainda mal tinha acabado de escrever o post de ontem - vaticinando tempos divertidos à conta do futuro governo dos perdedores - e já Catarina Martins, a pequenota de olhos esbugalhados e olhar alucinado, revelava ao mundo as preocupações que o seu partido pretende ver reflectidas no programa de governo dos derrotados nas eleições. Ficámos assim a saber que a anulação das recentes alterações à lei do aborto e um problema qualquer relativo às parelhas do mesmo sexo, constituem as preocupações maiores da pequena líder.

Compreendo que a criatura pretenda satisfazer o seu eleitorado. Fica-lhe bem. O que já não me parece tão acertado é tornar as problemáticas relacionadas com as partes pudibundas a prioridade da acção governativa. É divertido, todos damos umas boas gargalhadas à conta disso mas, que diabo, é capaz de haver um ou outro assunto um bocadinho mais importante a tratar. Não sei, digo eu. Que, assim de repente e por comparação, até já começo a achar aquilo da educação de adultos, que inviabilizou o acordo do PS com os PAF's, uma coisa de extrema importância.