Não sejam piegas, pá!
Nunca, como agora, os bancos tiveram tanto dinheiro depositado. Contudo os portugueses continuam a chorar-se. Ou seja, a lamentar-se da falta de guito. Ora, partindo do principio que não são os estrangeiros que vêm cá depositar o seu dinheirinho, há aqui qualquer coisa que não bate certo. É que isto parece o dia seguinte às eleições. Ninguém votava no Ventura mas, vai-se a ver, o homem teve o resultado que se sabe. Com o dinheiro é a mesma cena. Quase todos garantem não ter a ponta de um chavo, mas que “ele” está amontoado na banca lá isso está. De resto os sinais exteriores de riqueza do tuga estão aí. Audi’s, BM’s e outros que tais são aos pontapés. Gasolina e gasóleo a mais de dois euros (quatrocentos e quatro escudos, porra!) cada litro e, mesmo assim, o transito é o que se vê...
Apesar da comiseração que suscita a magreza do salário mínimo, desconfio que até aos que o auferem lhes dá para muito mais do que apenas para os alfinetes. Admito estar enganado, mas da observação do parque automóvel dos quatrocentos (ou serão quinhentos?) funcionários do município cá da terra – 80% ganham o SMN ou pouco mais - não consigo tirar outra conclusão. Não que, obviamente, isso constitua qualquer espécie de problema. Antes pelo contrário. Chato, chato é estarem sempre a queixarem-se. De barriga cheia, pelo que aparentam.