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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Ri-te deles Argentina...

Kruzes Kanhoto, 27.10.25

Pouco se tem falado e escrito na comunicação social portuguesa acerca da Argentina nos últimos anos. O que quererá dizer que aquilo por lá deve estar a correr bem. As poucas noticias que vão aparecendo é sobre velhinhos com reformas cortadas e vulneráveis diversos que, com o fim dos inúmeros subsídios que lhes permitiam viver sem trabalhar, tiveram de procurar outra vida. O que, nomeadamente a estes últimos, tem provocado um sofrimento atroz. Compreendo-os. Trabalhar, a mim, também me aborrece. Apesar disso o partido do Presidente Milei, ganhou as eleições legislativas de 26 de Outubro e reforçou a sua posição no Parlamento lá do sitio. Quem diria que as previsões e, sobretudo, a opinião da malta do jornalismo activista não tinha nenhuma correspondência com a vontade popular. Uma chatice, isso de lá como cá o povo não lhes ligar nenhuma. 

Desinformação de qualidade

Kruzes Kanhoto, 29.12.23

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Anda por aí uma lamuria, por causa da eventual falência de uma empresa detentora de vários órgãos de comunicação social, que tresanda a corporativismo. Algo que o Estado Novo muito apreciava, diga-se. Só falta, ou então já o fizeram e eu que não ouvi, apelarem ao governo para nacionalizar aquilo. Os argumentos são mais que muitos e vão desde a importância que a imprensa tem para a democracia – embora uma imprensa controlada pelo Estado seja de duvidoso cariz democrático – até à necessidade de combater a desinformação propagada pelas redes sociais.

O pior é que os jornalistas e os órgãos de comunicação social põem-se a jeito. Praticam um jornalismo de causas, não são independentes perante os factos, noticiam os acontecimentos de acordo com o seu ponto de vista e, muitas vezes, não se coíbem de manipular as noticias de forma a influenciar a perceção que o leitor tem sobre as mesmas. O caso da Argentina é por demais paradigmático. Há anos que aqueles país está num estado lastimável, mas apenas agora saltou para a ribalta. Em sentido contrário está o Brasil. No consulado Bolsonaro era um massacre diário de noticias sobre a tragédia política, social e ecológica que ocorria por aquelas bandas. Ganhou o Lula e tudo mudou. Deve ser o paraíso, aquilo. Espanha, mesmo aqui ao lado, continua distante do interesse jornalístico. Como se as cambalhotas e trapalhadas políticas absolutamente surreais do PS lá do sitio para se manter no poder não nos interessassem nada.

A ilustrar este post estão dois recortes de um assunto que a imprensa portuguesa noticiou como verdadeiro. O preço dos bilhetes dos transportes públicos na Argentina. Vale tudo. Até fazer concorrência às redes sociais em matéria de fake news.

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