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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Urbanitas chanfrados

Kruzes Kanhoto, 01.05.23

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1 – Esta malta dos sindicatos, centrais sindicais, manifestantes e dirigentes partidários que não perdem uma manifestação para aparecer à frente de um microfone nem no primeiro de Maio consegue inovar. A insistência, única e exclusiva, no aumento de salários é patética. Podiam também reivindicar uma redução do IRS que, recorde-se, ainda está praticamente igual ao que Passos Coelho deixou quando, após a terceira “falência” do Estado provocada pelo PS, teve de governar sob as ordens da troika.

2 – Esta gente dos impostos não nos dá descanso. Agora é o IMI. Um dos impostos mais estúpidos do mundo. Nomeadamente quando é cobrado a quem tem um imóvel destinado a habitação própria. É que pareceu-me ter lido ou ouvido em qualquer lado que a “habitação é um direito”. Se assim é, desde quando se tributam os direitos? Ou essa cena apenas se aplica em determinadas circunstâncias e deixa de fora quem habita em casa paga pelos impostos dos outros e, muitas vezes, sem pagar renda nenhuma?

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3- Um destes dias os urbanitas chanfrados que mandam nisto tudo vão inventar um imposto qualquer para os bens que produzimos para auto-consumo.   A justificação envolverá a salvação do planeta, a escassez de recursos ou a parvoice que, então, lhes ocorrer. Deem-lhes tempo. Enquanto isso não acontece vou-me deliciando com os morangos da agricultura da crise completamente biologicos. Eles, os urbanitas, que comam os repletos de pesticidas.

Que as lágrimas lhe sejam amargas...

Kruzes Kanhoto, 19.07.22

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Este ano temos um "ajudante" lá na agricultura da crise. O patife aparece quando não estamos e serve-se do que muito bem lhe apetece. Assim que se note tem manifestado preferência pelas cebolas. Já levou, seguramente, mais de meia-dúzia. Por este andar não sei se chego a colher alguma. Apesar de ainda não estarem devidamente prontas para a colheita já são, pelos vistos, do inteiro agrado do amigo do alheio que frequenta o quintal. Este criminoso, ao contrário dos demais, volta sempre ao local do crime. Rouba uma, ou duas no máximo, de cada vez. Facto que é fácil de constatar por no terreno ficar a marca onde a cebola foi arrancada e, também, por se tratar de um espaço tão pequeno e com tão poucas plantas que qualquer uma que se arranque dá logo para perceber a sua falta.

Não sei, obviamente, quem é o meliante. Tenho as minhas suspeitas, mas não será de admirar se estiver enganado. Aqui há um bom par de anos eram os chuchus que evidenciavam uma estranha tendência para desaparecer. Após montar um intrincado esquema de vigilância – basicamente ficar a espreitar à janela, sem ser visto do exterior – o meu pai apanhou o larápio com a boca na botija. Ou, no caso, a mão no chuchu. Era o carteiro.

Agricultora da crise

Kruzes Kanhoto, 06.05.22

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Cavar este quintal fazia parte das penalizações que me eram aplicadas quando, alegadamente, o meu comportamento de adolescente ultrapassava as linhas vermelhas da tolerância paterna. Outros tempos que, provavelmente, motivaram a minha aversão ao uso da enxada. Hoje está como a “vista aérea” mostra. Não por obrigação, mas antes porque posso, quero, me apetece e, principalmente, graças à minha Maria. A verdadeira mentora desta cena da agricultura da crise. É ela que domina a técnica e que dá a táctica.

Graças a isso a época agrícola anterior foi um sucesso. Poderá ter sido, também, sorte de principiante, mas a menos que alguma praga indesejada - como todas as pragas - entre por ali, a expectativa é que a coisa se repita. Para já está tudo com bom aspecto. Assim as toupeiras, os gatos e outros chegadiços não aborreçam em demasia.

Os feijões da crise

Kruzes Kanhoto, 01.08.21

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Tem sido uma época agrícola interessante, esta. A agricultura da crise, agora numa nova dimensão, tem proporcionado resultados surpreendentes. É, como diria alguém, a admiração da malta. E por malta entenda-se, como diria outro alguém cujo nome não será igualmente mencionado, eu e um grupo reduzido de nós. Até, contra todas as expectativas, o feijão se reproduziu em grande quantidade. Vamos ver se é desta que começo a achar que este legume é comestível...

E(ra) - Toupeira

Kruzes Kanhoto, 27.04.21

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Como ontem dei conta, no post abaixo, as toupeiras atacaram a horta e, hoje, os estragos já são visíveis. Parece que, ainda assim, a melhor solução é afugentá-las com umas cenas que emitem um sinal sonoro que, diz, é extremamente desagradável para o bicho. Diz, pois até agora não há noticia de queixas por parte dos presumíveis incomodados. Outros esquemas, desde iscos a plantas de odor irritante, parece que não surtirão grande efeito.

Menos mal que há pouco, ao chegar ao local, deparei-me com a primeira baixa. Pode ter-se desorientado com o tal bip-bip irritante e falecido em consequência disso ou, mais provável, foi abatida por um dos muitos gatos que por ali cirandam. Capazes disso são eles. Alguns ainda são gatos à séria. Daqueles que não alinham em mariquices de fazer amizade com pássaros ou roedores. Se continuarem assim sou gajo para lhes perdoar uma ou outra cagadela num sitio menos adequado. Desde que não abusem, claro.



Alfaces da crise

Kruzes Kanhoto, 15.12.19

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Mesmo sem o “substracto” que resultará – espero - do processo de compostagem, as alfaces evidenciam este bom aspecto. Hoje foi dia de colher a primeira. Outras se seguirão. Isto se conseguir descobrir a tempo um método natural e eficaz de exterminar as lagartas e restantes espécies invasoras. As maganas comem como se não houvesse amanhã e são exímias na arte da camuflagem.

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 13.04.19

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A crise, aquela coisa que a direita inventou para chegar ao poder, já lá vai. Com ela a austeridade, a fome, a miséria e outras desgraças que os portugueses tiveram de suportar. Cenas do passado que, enquanto tivermos o melhor governo do mundo e arredores, não se repetirão. Hoje já ninguém necessita plantar couves nas varandas para não morrer de desnutrição. Somos todos ricos outra vez. Mas eu, para ser do contra, continuo com a agricultura da crise. Batatas – micro-produção, esclareço, antes que surjam os comentários em tom de escárnio – ervilhas e alface são os produtos da época. Também todos os anos por esta altura uma – ou mais, mas por enquanto só descobri esta - família de pintassilgos insiste em instalar-se no meu quintal. Manias.

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Decapitação

Kruzes Kanhoto, 12.10.16

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Com a chuva de hoje, o meu quintal ganhou vida. Muita. De várias espécies que, presumo, devem ter estado, nos últimos meses, a recato do calor. Ao primeiro sinal de pluviosidade, bichos de conta, lesmas, caracóis e outros intrusos não identificáveis mal puderam aguardar a noite para se passearem pela terra molhada, pelos canteiros e, até, pelo espaço pavimentado. A sobrevivências das plantas que, coitadas, sobreviveram heroicamente à falta de água, está ameaçada por estes rastejantes. É uma invasão. A guerra mal começou, será longa e fará muitas vitimas. Esta, por exemplo. Ao contrário de outras – e de outros, que não quero cá discriminações - que por aí andam, já não tem cornos.

Valores?! Devem estar a brincar...

Kruzes Kanhoto, 25.04.16

Há quem garanta, todos os anos, que falta cumprir Abril. Quem, sem nunca se esquecer, lamente a perda dos valores de Abril. E, este ano, quem sugira que graças à geringonça os tais valores e o tal Abril vão ser cumpridos. Pois. Deve ser, deve. Seja lá o que for que essa cantilena de velhinhos queira dizer.

A mim o 25 de Abril lembra-me a reforma agrária. Se calhar se vivesse noutro local lembrar-me-ia ocupação de fábricas. Ou manifestações que acabavam em pancadaria. Ou malucos a colar cartazes e a pintar paredes. Mas não. É mais gente mal apessoada a querer pendurar pessoas nos candeeiros do Rossio entre um e outro assalto a propriedades privadas.

Reforma agrária lembra-me, também, agricultura da crise. E é a ela – à agricultura da crise – que me dedico hoje. Às alfaces, batatas, couves e morangos. E aos poejos e tomilhos, que lá por serem ervas não devem ser discriminadas.

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