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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

A batata ilógica

Kruzes Kanhoto, 12.06.23

batata

A minha experiência em matéria de agricultura é escassa. Ou, por outras palavras, não percebo nada disto. Sei, ainda assim, que se semear batatas existe uma probabilidade bastante elevada de colher batatas. Foi com essa expectativa que semeei batatas. E, juro, eram mesmo batatas. Presumo por isso que estas plantas estejam a desenvolver batatas. No solo, obviamente. Aquilo que ostentam pendurado do caule não sei o que é. Nunca vi. Posso até garantir, como já dizia alguém cujo nome agora não me ocorre, que “nunca tal eu houvera visto”.

framboesas

Já framboesas vejo todos os dias, em número razoável, de boa qualidade e sem esquisitices. Não era grande apreciador, mas estou-lhe a tomar o gosto. Esta foi a colheita do dia. Já foram. Amanhã há mais.

Os tomates da crise

Kruzes Kanhoto, 04.07.22

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Entretanto na outra agricultura da crise – aquela mais à séria – as coisas vão correndo melhor. Apesar de ser no campo não há tanto passarão, as toupeiras mantêm-se afastadas graças a umas cenas que emitem um som que lhes desagrada e até os gatos têm escolhido o espaço que não está cultivado para arrear o calhau. O pior são as pragas, mas isso também faz parte.

Hoje o destaque vai para o tomate. Quase capaz de salada, um ou outro. Ou de sopa. Depende da paciência.

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 13.03.22

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Os primeiros nabos e verdura diversa. Alfaces, espinafres, nabiças e outros que tais igualmente verdes. Tudo colheita de sexta-feira lá na UCP. Unidade Colectiva de Produção. Colectiva porque somos dois a bulir. Nada de confusões com aquela cena que envolvia comunistas que espoliavam as terras aos legítimos proprietários. As que, como esta, produziam alguma coisa de jeito, obviamente.

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 30.11.21

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Estão feitas as primeiras sementeiras e plantações de inverno. Dali brotarão, nomeadamente, vegetais. Espera-se. Se sair outra cena qualquer será, para além de assaz estranho, motivo para equacionar a ocorrência de um fenómeno de difícil explicação. Coisa que, de resto, caracteriza quase todos os fenómenos. Se isso acontecer a culpa terá de ser imputada ao gajo que me vendeu as sementes. Ou, até mesmo, a essas multinacionais do grande capital que, alegadamente, andarão a fazer umas manigâncias quaisquer com as sementes. Por mim, desde que vejo ervilhas cor-de-rosa, já acredito em tudo.

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 10.08.21

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Pouco percebo de alterações climáticas. Mas, se calhar, na perspectiva de alguns fundamentalistas isto constitui uma heresia. Um crime, quase. Seriam gajos, se vissem a foto, para se questionar acerca da quantidade de água que foi precisa para produzir estes produtos e, provavelmente, suscitar mais umas interrogações sobre a sustentabilidade do planeta que a mim, pobre agricultor das horas vagas, nem me ocorrem.

Confesso o meu cepticismo sobre as teorias dessa malta do clima. Tão grande, ou parecido, com o que tinha acerca dos resultados da agricultura da crise quando tudo isto foi plantado. Vá lá que não se concretizou e o resultado está à vista. Tudo isto, mais as colheitas anteriores e o que ainda há para colher. Para principiantes a coisa não está má. E, esclareça-se, tudo verdadeiramente natural. Do mais que há. É que estes, ao contrário dos ditos biológicos que podem incorporar até cinco por cento de ingredientes não biológicos, não têm um único produto químico. Zero por cento. Mais biológico é impossível.

Toupeiras, lagartas e outras apoquentações

Kruzes Kanhoto, 26.04.21

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A agricultura da crise está, como já aqui dei conta em inúmeras ocasiões, sob constante ameaça. De toda a espécie. Lesmas, caracóis, lagartas, pássaros, gatos e outra bicheza não identificada tudo invade o meu quintal. Até uma cobra – a tal víbora cornuda – já aqui me apareceu. Quase parece a reforma agrária da bicharada. Mas, de uma ou outra maneira, os atacantes vão sendo escorraçados e a coisa resolve-se.

Desta vez é pior. O caso é sério. Envolve toupeiras e se não me conseguir livrar das bichas a outra agricultura da crise – a tal 2.0 – está seriamente ameaçada. A ideia não é apenas afugentá-las. Para isso existem umas traquitanas que emitem um som alegadamente incomodativo que, supostamente, as afastará. O pior é que, mais cedo do que tarde, acabarão por voltar. Daí que prefira uma solução que resulte no falecimento dos invasores. Estão em causa os tomates, pimentos e tudo o mais que por lá está plantado. Quem souber de uma “mézinha” suficientemente boa para matar os atacantes, avise.

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 07.02.21

Longe vai o tempo das hortas urbanas. Daquelas que nasceram um pouco por toda a parte quando, na sequência da intervenção externa de resgate ao país provocada pela governação do partido socialista, vivemos assim uma espécie de grande fome. Claro que, como todas as modas, rapidamente caiu no esquecimento. Bastou que ao poder chegassem os geringonços para a vida voltar à maravilha que sempre é quando no poder não está um maléfico governo de direita, a praticar políticas de direita e composto por gente que apenas quer o pior para nós e o melhor para eles. Ainda bem que agora não é assim.

Por mim, que não alinho em populismos nem tenho uma visão balizada por palas desta coisa da política, a agricultura da crise continua a ser o que sempre foi. Haja fome ou fartura. E, por esta altura, está assim. Para além de mais umas coisitas que ainda não têm “cara” para aparecer. Por agora alhos, coentros, alfaces, repolhos, brócolos, nabos e poejos são os protagonistas.

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Os tomates da crise

Kruzes Kanhoto, 16.08.20

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Ter tomates, em tempos de crise, pode ajudar. Este ano, na agricultura da crise e numa inédita parceria, também há disso. Dá para tudo e ao gosto de toda a gente. Uma sopa de tomate para os que gostam de “enfardar”, uma salada para os vegetarianos ou um doce para os gulosos.  Ou, no meu caso que sou um brutamontes em matéria de “morfes”, todos eles. Com crise ou sem ela.