Saudações
Tenho cada vez menos paciência para a agenda mediática. Aquilo aborrece, dá dó e causa-me uma quase incontrolável vontade de regurgitar. Tudo em simultâneo. Nos últimos dias têm-nos servido uma overdose de Palestina, Trump, um tipo qualquer que fazia coisas no SNS e de outras parvoíces que não interessam nem ao menino Jesus. Dias a fio todos os canais, todos os telejornais e todos os debates ou entrevistas tratam os mesmos assuntos. Deve ser aquela coisa da concertação. Noticiosa, no caso. Assim como as grandes superfícies fazem com os preços, as promoções e outras maneiras de nos levar a consumir o que eles querem vender. Nisto da comunicação social é mais ou menos o mesmo. Tudo a manipular a mesma informação, todo o tempo em todo lado. Até as imbecilidades de um ricaço qualquer suscitam horas e horas de debate. Fez a saudação nazi? Não fez a saudação nazi? Decidam-se, porra. Não deve ser assim tão difícil. Mas, se têm dúvidas, para ajudar a decifrar tão dramático enigma - do qual, pelos vistos, depende o futuro da humanidade – deixo, através da foto acima, a minha humilde contribuição. De nada.