Rabos de palha
Gosto da democracia. É cá uma mania minha. Aceito, por isso, de bom grado que parte dos meus impostos sirva para financiar os partidos. Por mim – mas, admito, posso estar errado – é preferível que seja o orçamento de Estado a financia-los do que ter um Santos Silva qualquer a meter lá dinheiro à sorrelfa. Parece-me óbvio que este último método nos fica muito mais caro e que se paga na mesma com os nossos impostos.
Infelizmente o actual sistema de financiamento partidário não é carne nem é peixe. Depois dá nisto. E um dia destes noutra coisa. São as consequências de legislar à socapa, ao sabor das indignações das redes sociais e de não ter políticos sem “rabos de palha”. Mas esses, nos países onde existem, são os que nós chamamos populistas, ou lá o que é.