Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Quem vier atrás que pague a dívida

Kruzes Kanhoto, 18.05.25

As maiores Câmaras do país estarão, ao que tem sido noticiado, cada vez mais endividadas. As outras, salvo uma ou outra excepção, deverão estar a seguir o mesmo caminho. Ou seja, os autarcas portugueses não aprenderam nada com a tragédia que culminou em dois mil e onze com a intervenção da troika a pedido do governo do partido socialista.

Se, então, o comportamento de quem governava as autarquias era criticável, desta vez é muito pior. Naquela época parte significativa da divida acumulada era resultante de empreitadas de obras públicas. A maior parte de utilidade duvidosa – estádios do euro 2004, centros culturais e outros delírios megalómanos – mas, pelo menos, havia algo tangível. Hoje, desconfio embora admita que possa estar equivocado, a responsabilidade pela dificuldade em manter as contas equilibradas dever-se-á às despesas em futilidades, vaidades pessoais e às políticas absolutamente desvairadas no âmbito da gestão de pessoal e de subsidiação de tudo o que pode garantir votos. Até porque este comportamento pouco parcimonioso na gestão do dinheiro dos contribuintes goza, estranhamente, de um forte apoio popular. É o que eleitos e eleitores têm tendência a pensar. Se calhar, tal como o passado já mostrou, é apenas uma percepção.

Reconheço que os números, quando torturados, dizem aquilo que nós quisermos. Os credores, aqueles que ficam meses ou anos à espera de receber “o deles”, costumam dizer sempre o mesmo. E, por norma, não é bonito de ouvir.

6 comentários

Comentar post