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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Que S. Eleitor nos livre do "Imposto Tavares"

Kruzes Kanhoto, 15.04.25

Uma das promessas eleitorais mais escabrosas, apresentada pelo Livre, pretende atribuir cinco mil euros, só porque sim, a todas as crianças que nasçam em território português. Para isso os contribuintes pagariam, anualmente, algo parecido com quinhentos milhões de euros. Tudo financiado, diz o tontinho que manda naquilo, por um novo imposto que incidiria sobre as grandes heranças.

Acredito que a ideia possa colher simpatia entre invejosos, preguiçosos e todos os que acham que tudo lhes é devido apenas por existirem. A explicação para o financiamento do disparate parece ter agradado. Tanto que ninguém, que eu tenha ouvido, a contestou. Por mim, continuo curioso. Sabendo que falecem por ano cerca de cento e vinte mil pessoas, das quais as ricas não serão assim tantas, convinha explicar a partir de que montante é que a herança seria considerada “grande”. A taxa, ao que o sonso do Tavares disse, seria de 28%. A juntar, provavelmente, aos 10% de IS que – excepto ascendentes e descendentes – já pagam. O que nos conduziria a outro problema. A liquidez. Como é que alguém que herdasse património imobiliário pagava o “imposto Tavares”? Assim de repente desconfio que o roubo à propriedade privada e ao dinheiro de cada um, para dar de mão beijada a quem nasça de agora em adiante, só será viável se quinarem muitos velhinhos ricos e, de preferência, daqueles que levaram a vida a juntar dinheiro. Isto se, antes, não tiverem tempo de o esturrar todo.

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