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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Policia, um emprego que ninguém quer

Kruzes Kanhoto, 13.12.20

Mesmo passando, alegadamente, por cima de todos os preceitos legais que determinam a igualdade de oportunidades no acesso ao emprego no sector público, parece que a PSP pretenderá dar primazia a candidatos a policia provenientes de minorias étnicas. A ideia, diz, será dotar aquela força policial de uma composição social mais diversificada e, assim, prevenir comportamentos discriminatórios.

Tirando aquela parte – uma chatice, isso – de ninguém, independentemente da origem poder ser discriminado, ou privilegiado, no acesso a um emprego pago pelo Estado, até nem me parece mal. O que não faltam são associações disto e daquilo ou, principalmente, intelectuais da treta a queixarem-se da pouca representatividade das minorias nas organizações policiais e em tudo o mais de que se vão lembrando.

Não sei se actualmente as pessoas das minorias étnicas -seja lá o que for que isso englobe – são ou não preteridas no acesso à policia. Se são, acho mal. Resta é saber se nesses grupos existirá gente interessada em arriscar o coiro por uma miséria de ordenado. Ou, se calhar, nem têm vocação para essas cenas que envolvem leis, regras, disciplina e afins. Estou a ver, por exemplo, o caso dos bombeiros voluntários. Numa cidade com pouco mais de sete mil habitantes, onde existe uma minoria que representará sete ou oito por cento da população, a percentagem de soldados da paz oriundos dessa comunidade será – se não estou enganado – cerca de zero. Devem ser as políticas de integração que estão a falhar. Por culpa do homem branco, naturalmente.

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