Papagaios
1 – Desagradado com as criticas pouco abonatórias ao seu “trabalho”, um desses “artistas” das artes performativas – seja lá isso o que for – não esteve com mais aquelas e esfregou merda de cão na cara da especialista da especialidade que se atreveu a criticar o seu desempenho artístico. Um bom exemplo do que é a tolerância, o respeito pelo próximo e pela diversidade de opiniões que reina entre o pessoal das artes e que tanto gostam de papaguear.
2 – Uma casa vaga – expressão usada recorrentemente no discurso da rapariga - é uma casa potencialmente candidata a arrendamento coercivo, insiste a ministra Gonçalves. Inabitada, portanto. Ou seja, pode dar-se o caso de, mesmo não existindo contratos de água e luz, a casa ter ainda todo o recheio dos últimos habitantes. Estes podem ter falecido e os herdeiros, por qualquer razão e muito legitimamente, terem optado por manter os “tarecos” no prédio. Já estou a imaginar os argumentos fantásticos que justificarão a apropriação de um frigorífico sem uso.
3 – Com um toque de dramatismo e, até, um cheirinho a escândalo, foi um dia destes noticiado que o governo estará a injectar todos os anos não sei quantos milhões na Caixa Geral de Aposentações. Muitos, mais a cada ano que passa. Tratando de um sistema fechado, para onde não entram novos contribuintes desde dois mil e seis, não sei onde está a admiração. Longe não está o dia em que todos os beneficiários da CGA estarão reformados e, por consequência, nem um cêntimo de descontos lá vai entrar. Tudo, mas mesmo tudo, terá de ser pago pelo Orçamento do Estado. Habituem-se.