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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Ossos do ofício

Kruzes Kanhoto, 12.03.25

Todas as profissões envolvem riscos. Umas mais que outras, mas seja qual for a actividade profissional exercida os acidentes nunca são de excluir. No âmbito da ladroagem, nomeadamente do assalto a residências, os profissionais do ramo estão expostos a uma enorme panóplia de perigos que lhes podem causar danos severos. Irreversíveis, muitas vezes. Embora, lamentavelmente, esses mesmos danos não se verifiquem com a frequência desejável. É que quando se entra em propriedade alheia, por norma território desconhecido, nunca se sabe se existem obstáculos que dificultem a progressão do amigo do alheio e façam com que o dito tropece ou, até mesmo, que o morador seja anti social e receba o gatuno de forma menos amistosa.

Deve ser por tudo isto que não existirá seguro de acidentes de trabalho que proteja os profissionais do sector. O que, convenhamos, é lamentável. A única garantia de segurança para quem faz vida neste ramo está na justiça. Limitar, interferir ou tentar impedir a sua actuação, durante o processo de gamanço, pode constituir crime e levar a punições exemplares. Nomeadamente se daí resultarem danos para o ladrão. Foi o que aconteceu a um cidadão que, desagradado por lhe assaltarem a casa, limpou o sebo ao intruso. Coitado. Do proprietário, obviamente, que foi condenado a oito anos de prisão. Teria sido melhor oferecer-lhe uma bebida ou qualquer coisa para comer. Só para o larápio ir com o estômago mais aconchegado, que isto de trabalhar a desoras costuma dar fomeca. Depois, claro está, de se certificar que o meliante não padecia de nenhuma alergia aos alimentos ofertados. Não fosse a justiça condená-lo por envenenamento, ou isso.

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