Os impostos do nosso contentamento
Impostos, taxas, taxinhas e outras maneiras subrepticias dos governos nos roubarem não constituem motivo de grande preocupação para a generalidade dos portugueses. Poucos se importam. Uns porque não pagam, outros porque não sabem que pagam e outros ainda porque acham que existe no tributo que pagamos ao Estado uma espécie de virtude qualquer. A da moda são os impostos verdes. Dizem que é para salvar o planeta e a malta paga com satisfação.
É o caso da taxa de gestão de resíduos. Terá, a partir de Janeiro, um aumento de cem por cento. Como passa de onze para vinte e dois cêntimos por tonelada, são as câmaras municipais a pagar e apenas se refletirá nas facturas da água lá mais para a frente, ninguém quer saber. Até porque serão apenas uns trocos a cada um. Pois serão. Mas esperem-lhe pela pancada. Em Espanha são quarenta euros...
E, já agora, como não nos importamos de pagar pela recolha do lixo, também não nos importaríamos de pagar pela iluminação pública, pois não? A ideia anda por aí...