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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Operação "Risota"

Kruzes Kanhoto, 08.11.20

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A foto, publicada na página da GNR de Santarém, mostra o armamento apreendido por aquela força policial a um pacato cidadão que se dedicava a apanhar uns passaritos. O que, como não podia deixar de ser num país governado por malucos, constitui uma actividade ilícita. O prevaricador ainda encetou a fuga, mas foi prontamente interceptado pelos bravos militares que, usando da sua habitual argucia, localizaram as armadilhas e libertaram um estorninho. Foi também confiscado, embora lamentavelmente não conste da foto, um frasco que continha formigas de asas utilizadas como isco. Quanto ao detido, foi constituído arguido e os factos encaminhados para o tribunal.

A noção do ridículo é coisa que há muito se perdeu. Uma maleita que afecta as pessoas e, pior, as instituições. Mais grave ainda quando as envolvidas nesta perda são aquelas em que os cidadãos mais deviam confiar. Que a lei é para cumprir e que os militares da GNR agiram nessa conformidade não existirão grandes dúvidas. Contudo a primeira lei que se deve cumprir é a do bom senso. Quando as leis são ridículas, exigir o seu cumprimento só ridiculariza a autoridade. A não ser que a nova missão das forças policiais seja contribuir para a boa disposição da população. Se assim for, que continuem. Ao menos a malta ri-se.

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