O sábado do nosso contentamento
Diz que o primeiro ministro andou hoje pelas ruas de Lisboa a incentivar os portugueses a sair de casa. Fez bem, o homem. Há que voltar rapidamente e em força à normalidade antes que seja a cura a matar-nos. É que, a não ser assim, ainda nos arriscamos ouvir ao Costa algo parecido àquela frase do ditador Oliveira, nos tempos que se seguiram à segunda guerra mundial. “Livrei-vos da guerra, mas não vos posso livrar da fome”, garantia, nessa época, o Botas. No caso presente, do vírus chinês.
Por cá foi o segundo sábado de relativa normalidade, com parte do mercado reaberto. Por enquanto ainda não é o mesmo. Estão lá as frutas, os legumes e tudo o resto. Faltam os visitantes que transformavam a manhã deste dia no mais movimentado da semana. E as rotinas, também. Ir ao mercado e não beberricar o costumeiro cafezinho é mais doloroso do que uma semana de confinamento.