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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

O cu e a feira de Borba

Kruzes Kanhoto, 20.10.25

A chamada “lei da burka” está a suscitar reacções inusitadas. Mesmo pessoas que se assumem como uma espécie de vanguarda da sociedade, uma linha avançada contra o obscurantismo, criaturas que se acham dotadas de mentes intelectualmente superiores, feministas militantes em particular e defensores dos direitos das mulheres em geral estão todos contra esta lei. O argumentário usado gira em torno de dois pontos. Um deles a comparação ridícula com trajes e vestimentas que por cá se usavam há cinquenta anos atrás ou, ainda mais ridículo, com gorros, cachecóis ou véus de noivas. Ou, mais aceitável, criticando a intromissão do Estado na forma como as mulheres se devem vestir quando saem à rua. Quanto ao primeiro argumento, parafraseando os próprios autores, se não percebem a diferença, o problema não está na fatiota, mas sim neles. Nomeadamente ao nível da cabecinha, coitados. Quanto ao segundo, o do Estado não ter nada de se meter na maneira de vestir das mulheres, estarei completamente de acordo quando se revoltarem, com igual indignação, contra aquela lei que proíbe as mulheres de andar na rua - ou, vá, pelo menos na praia - com as mamas ao léu.

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