Não paga o PAEL?! Ai paga, paga. Queira ou não.
Um Presidente de Câmara apregoava um destes dias que, caso venham a existir situações de fome no seu concelho, não hesitará em deixar de pagar as prestações do empréstimo do PAEL a que teve de recorrer graças à gestão desastrosa dos seus antecessores. É de homem. E fica-lhe bem tamanha generosidade. A malta gosta de ouvir. De certeza subiu vários pontos na consideração de muita gente. Nomeadamente daquela que não percebe patavina daquilo que o senhor está a falar.
Independentemente da eventual boa vontade do autarca em questão – e que certamente será muita – as coisas não funcionam assim. Em caso de incumprimento das obrigações decorrentes do tal empréstimo, para acudir a casos de fome ou por outra razão qualquer, o dinheiro das prestações em falta nem sequer chega a entrar nos cofres da autarquia. É-lhe retido, sem mais aquelas, pelo Estado. Portanto o dito Presidente, seja qual for a circunstância, apenas tem duas hipóteses. Ou paga ou...paga!
Significa isto que o autarca pode fazer a caridade que muito bem entender. Com o dinheiro que disse que faria é que não faz de certeza. Para já, só fez uma bravata. Daquelas para eleitor pouco esclarecido aplaudir.