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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Meter o bedelho...

Kruzes Kanhoto, 03.11.22

Acreditava eu que a inflação se combatia com a redução do consumo e implementação de medidas de estimulo à poupança. Não admira a minha ignorância. De economia percebo tanto como um barbeiro, um taxista ou o Presidente da República. Afinal, para combater a carestia de vida, deve é dar-se dinheiro às pessoas para que elas possam comprar cenas inflacionadas. Por mim podem continuar com esse método. O meu IBAN está disponível para o efeito.

Também tinha ideia de, aqui há atrasado, a propósito de uma proposta – chumbada, evidentemente - de um partido qualquer a propor o fim ou a limitação de algumas comissões bancárias, se ter dito e escrito que o governo não podia intervir por se tratar de matéria da competência do Banco de Portugal. Ou isso ou uma explicação parecida, não sei ao certo. Embora, estranhamente, a ingerência já fosse possível quando se tratou de meter dinheiro na banca.

Agora, ao que parece, voltou a ser possível ao governo meter o bedelho nos negócios entre os bancos e os cidadãos. Nomeadamente aqueles que contrataram créditos à habitação. Não é que ache mal, mas fico ligeiramente baralhado com esta selectividade ao nível da ingerência. Dar dinheiro público ao sistema bancário, pode-se. Obriga-lo a renegociar contratos nos quais o Estado não é parte, também. Obrigar a aumentar os juros aos depositantes e/ou proibir comissões abusivas, não pode. Não percebo. Mas não admira. Entendo tanto de economia, finanças e ciências correlativas como o Marcelo. Ou o António Costa.

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