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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Mandar os "aparelhos" à parede...

Kruzes Kanhoto, 11.01.25

Ainda sou do tempo em que, no pós 25 do A, para se exigir um qualquer “avanço” revolucionário, se fazia uma manifestação. Claro que, face ao clamor das massas operárias e camponesas, os governos da época consagravam rapidamente em legislação as exigência da vanguarda popular. Da legitimidade democrática, da representatividade que esses manifestantes e das consequências de toda essa loucura trata a história.

Acredito que a manifestação de hoje em Lisboa contra uma das intervenções policiais no Martim Moniz, convocada por faixas marginais da sociedade, possa aglutinar muita gente. Isso não os torna mais representativos do sentir da generalidade da população nem legitima a intenção de influenciar a actuação do governo e, menos ainda,acções futuras das forças de segurança. Muito mau seria se assim fosse. Até porque os que hoje vão – muito legitimamente – expressar o seu desagrado, vão fazê-lo em nome individual, não representam ninguém e nem mesmo os dirigentes partidários, nomeadamente do PS, que lá irão estar representam sequer o sentir da enormíssima maioria dos votantes nos seus partidos.

Alguns patetas, numa espécie de flash mobs, andam por aí a segurar prédios com as mãos. Têm piada, eles. Pelas fotos que já apareceram nas redes sociais um ou outro até vão às televisões dar opiniões acerca do que é melhor para o país e de como a política nacional devia ser conduzida. A sorte é que vozes de burro não chegam ao céu. Por mais que encostem os cascos às paredes.

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