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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Malucos...

Kruzes Kanhoto, 02.11.25

Pela Europa os esfaqueamentos seguem a bom ritmo. É a vida. Os europeus têm de se habituar. Mais do que isso. Têm de respeitar as civilizações – há quem insista em considerar esse modo de vida uma civilização – onde esfaquear quem não segue a mesma ideologia religiosa é uma cena comummente aceite. Há, apesar dessa ideologia ser incompatível com o nosso modo de vida, que respeitar o sagrado direito a esfaquear pessoas. Mas nada temeis, os governos locais reagem sempre com firmeza e condenam veementemente o sucedido. Seja lá o que for que isso queira dizer. No entretanto garantem, invariavelmente, que se trata de um acto isolado perpetrado por um maluco qualquer. Tal como foram todos os outros cinquenta e quatro mil cometidos no ano passado em território europeu. Isto enquanto prossegue a bom ritmo a caça a todos os que incitam ao ódio contra os esfaqueadores sugerindo, nas redes sociais ou de viva voz, que vão esfaquear para a terra deles.

Por falar em malucos. Ontem estavam quatro a debater – sendo que um é jornalista e devia abster-se dessas lides – quando um deles resolveu abandonar o cenário. Sinto-me dividido acerca da opinião a adoptar perante o sucedido. Se siga a doutrina Prata Roque, segundo a qual sair é acto de coragem e contribui para a elevação do debate político ou a doutrina Rodrigo Taxa que, garante, abandonar é cobardia. Mesmo não sendo adepto da violência estou indeciso e quase inclinado para uma terceira via. Partir-lhes os cornos. Há quem esteja mesmo a pedi-las.

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