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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Festas populares

Kruzes Kanhoto, 27.08.12

Nada tenho a obstar àrealização das tradicionais festas populares. Desde que sejam os populares quedelas usufruem a pagá-las. E, também, desde que não me incomodem. O pior é quea primeira condição raramente se cumpre e a segunda, com preocupantefrequência, também não. É que, apesar das autarquias portuguesas estarem paralá de falidas e com as finanças absolutamente rebentadas, são larguíssimos milhõesque se estouram em festividades de norte a sul do país. Para gáudio de muitosinconscientes e benefício de uns quantos que fazem profissão destas coisas.
A minha irritabilidadeatinge níveis pouco habituais quando, a meio de uma viagem, chegado a umalocalidade em festa e ainda a fazer contas a quanto é que aquilo pode tercustado em subsídios de férias e de natal, me deparo com a estrada nacional queatravessa a aldeola fechada ao trânsito. Para que os eleitores popularesdesfrutem da festinha descansados em trezentos metros de alcatrão, os incautos automobilistassão forçados a um desvio de meia dúzia de quilómetros por caminhos de cabras. Eisto – pasme-se - num Domingo, ao fim da tarde, quando o trânsito de regresso aLisboa tem uma intensidade bastante apreciável por, entre outras coisas, setratar de um acesso à ponte Vasco da Gama.
Reitero a minha simpatiapor este tipo de eventos de carácter popular. Revelam, se organizadosexclusivamente pelas comissões de festas, uma salutar vitalidade das aldeias,vilas e cidades que as organizam. Ou uma ingerência doentia naquilo quepertence à chamada sociedade civil quando é o poder politico a fazê-lo. Jácortar uma das mais movimentadas estradas nacionais, para mais em hora degrande intensidade de trânsito, é, para ser simpático, um bocado parvo.  

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