Eleições europeias
Podem fazer o quiserem. Até ir buscar o pessoal a casa ou permitir o voto pelo telefone. Dá igual. O pessoal não quer saber. A Europa é uma realidade distante com que apenas alguns – nomeadamente autarcas e empreiteiros – se importam. Nem, sequer, os políticos à séria evidenciam especial empenho pelo tema. Basta atentar nos candidatos que os partidos escolhem para as listas. Desde rapazolas especializados em mandar bitaites a gajas que acham que ainda estão no secundário a concorrer para delegadas de turma. Ou, então, ex-lideres que as actuais estruturas directivas dos partidos querem mandar para bem longe, onde nunca mais vamos ouvir falar deles.
Os resultados foram os que se esperavam. Incluindo o do Chega e o da Iniciativa Liberal. O primeiro porque o candidato – lá está – tinha tanto jeito para aquilo quanto eu e, também, porque o balão já encheu o que tinha a encher. Já os liberais ganharam por nestas eleições não existir aquela coisa do voto útil. Nas próximas voltam ao normal.
Os festejos é que me pareceram demasiado exagerados. Nomeadamente por parte da CDU e do BE. Festejaram o quê, ao certo? Terem perdido apenas metade dos deputados que tinham anteriormente? Parece-me tão estúpido como se os benfiquistas fossem para o Marquês festejar o segundo lugar no campeonato por, apesar, disso, conseguirem o acesso à liga dos campeões e respectivos milhões.