Dizer que… não há necessidade
Há uma nova mania – nova é como quem diz, não é de hoje nem de ontem – de, no discurso oral, iniciar todas as frases com “dizer que”. Ou, caso o monologo se prolongue, com as variantes “dizer também” ou “dizer ainda”. Porquê?! Há necessidade de, no inicio de cada frase anunciar que a seguir se vai dizer qualquer coisa? Não chega simplesmente dizer o que se tem a dizer e esquecer essa parte de avisar que se vai dizer seja o que for? É para criar suspense? Independentemente do motivo, afigura-se-me despropositado. A mim – mas, se calhar, é só a mim – deixa-me logo sem vontade de continuar a ouvir o que o orador diz que tem para dizer.