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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Diz que és um bandido sem dizeres que és um bandido.

Kruzes Kanhoto, 30.10.25

Ao que tem sido noticiado, a ONU — mais precisamente o seu secretário-geral, aquele senhor que conseguiu a proeza de ser o pior primeiro-ministro que Portugal já teve — ficou horrorizada com uma operação policial no Rio de Janeiro. A polícia, imagine-se, ousou intervir contra um grupo de bandidos que, por mera coincidência, se dedica a atividades criminosas que aterrorizam a população local.  O historial da casa já fazia adivinhar esta reação. O que seria mesmo de espantar era ver aquelas alminhas sensíveis manifestarem horror pelas execuções sumárias de palestinianos às mãos do Hamas. Mas não, isso é coisa que não os impressiona. O que lhes causa verdadeiro pavor são umas quantas dezenas de malfeitores abatidos . Isso sim, é o fim da civilização.

Por cá,  muita gente de esquerda também não quis ficar atrás e apressou-se a manifestar a sua indignação nas redes sociais. Não que me surpreenda . Afinal, há muito que se sabe que boa parte dessas criaturas têm um fraquinho especial por marginais. Ou vitimas vítimas do sistema capitalista, como gostam de dizer. Já as verdadeiras vítimas, as que sofrem nas mãos dos tais marginais, essas raramente contam.

Estas reacções pouco me espantam. Estou cada vez mais convencido da fragilidade da saúde mental e da elasticidade moral dessa gente. Defendem o Estado metido em tudo — da economia às tabernas — mas, curiosamente, tornam-se liberais ferrenhos quando o assunto é criminalidade. Nesse campo, o lema parece ser “menos Estado, mais bandidos”. Se calhar, é porque têm algum investimento sentimental — ou talvez financeiro — no setor. 

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