Discriminação? Cada um vê as que quer..
Acabo de ver na TV um anúncio – que, calculo, deve fazer parte de uma campanha institucional qualquer – onde se reclama da desigualdade salarial entre homens e mulheres. Acho muito bem isso da igualdade. Seja em matéria de ordenado ou no que calhe. Já a campanha afigura-se-me desnecessária. É que, assim de repente, não me parece que existam vitimas desta discriminação em número que justifique o dinheiro que pagamos. Sim, que aquilo paga-se. E bem.
Convinha, se calhar, identificar os sectores, empresas ou o que seja onde as mulheres ganham menos que os homens. Se partirmos do principio que na função pública essa discriminação não existe e que - graças aos pacientes revolucionários que nos governam - cada vez mais pessoas, no sector privado, ganham o salário mínimo nacional, o problema não será assim tão grave. Suspeito que estará, até, em vias de resolução. A julgar pela propaganda dos partidos de esquerda, empenhados em aumentar o valor do SMN para valores próximos do salário médio, um dia destes ganharemos todos por igual. Homens e mulheres. Sem discriminações. A cantar um amanhã radioso rumo ao socialismo. Coisa que, segundo as sondagens, agrada a quase setenta por cento dos portugueses. Depois queixem-se...